Fundão reclama verba à AZC

Foi dado mais um passo na resolução da contenda que opõe a Câmara Municipal do Fundão e a empresa Águas do Zêzere e Côa. Ambas as partes concordaram nos elementos que integram o Tribunal Arbitral que vai decidir a forma como foi conduzido o negócio da utilização das infra-estruturas do município.

Câmara do Fundão e AZC deram agora mais um passo na tentativa de resolução do contencioso judicial que ambos travam. O caso remonta há seis anos, quando os dois organismos realizaram um negócio que tinha como objectivo a utilização de algumas infra-estruturas do município, por parte da AZC.
Todavia, os pressupostos foram postos de lado e as actividades que iriam ser desenvolvidas ao abrigo deste acordo acabaram por não se concretizar e outros que, segundo Manuel Frexes, presidente da Câmara do Fundão, “lesam a autarquia”. Desta forma, surge a questão judicial, na qual a Câmara do Fundão pede uma indemnização à AZC de 16 milhões de euros.
Na passada semana foi então constituída uma comissão arbitral, nomeada pelas duas partes, e que vai agora servir para encontrar uma solução sobre este caso. Desde 2002 que a autarquia fundanense se mantém ligada às Águas do Zêzere e Côa. Mas foi a saída do município da Covilhã e a entrega de 62 milhões de euros por parte da AZC à Câmara de Castelo Branco que levaram os responsáveis pelo Fundão, também, a contestar esta parceira. Manuel Frexes, em declarações à Rádio Cova da Beira explica que o Fundão é o município mais prejudicado no eixo Castelo Branco – Covilhã, uma vez que ao primeiro “tentaram dar 62 milhões por baixo da mesa e ao segundo deixaram-no sair da concessão, fazer o seu próprio caminho e vender as águas, segundo consta, por 40 milhões de euros”.
A decisão de levar o caso a um tribunal arbitral foi aprovada por unanimidade na Sessão de Câmara e com esta medida, os responsáveis autárquicos esperam recuperar algumas verbas para a câmara.