O nome Covilhã
É a mais conhecida figura da “cidade neve”, emprestando mesmo o seu nome à localidade. Mas se muito se sabe da Covilhã, pouco se sabe de Pêro ou Pedro, da mesma. A história apenas garante que este homem foi uma das principais figuras da época pré-Descobrimentos.
> Eduardo AlvesDesde a sua data de nascimento até ao ano de sua morte, tudo parece muito difuso. Poucos arriscam uma certeza, mas os principais historiadores apontam o ano de 1450 como sendo o mais provável da sua nascença.
Já nessa altura a Covilhã era um dos principais pontos de produção e venda de tecidos e foi precisamente através do comércio destes que Pêro da Covilhã trava conhecimento D. Juan de Guzman. Este espanhol, irmão do Duque de Medina-Sidónia acabará por levar o jovem beirão para Sevilha, uma das principais cidades da Península Ibérica, naquela época. Mas é também com este amigo que regressa a Portugal, mais precisamente a Lisboa, para uma entrevista com Afonso V de Portugal.
Corre o ano de 1474 e el-rei fica impressionado com os conhecimentos linguísticos do covilhanense, chegando mesmo a pedir a D. Juan de Guzman para dispensar os serviços de Pêro da Covilhã a favor do Rei de Portugal. Passa a ser figura dominante no reino de D. Afonso V e assim continua quando o País passa a ser regido por D João II. Embaixador e representante do reino sobretudo com os berberes, Pêro da Covilhã é a figura ideal para acompanhar Afonso de Paiva na procura do reino de Preste João. Os dois portugueses disfarçam-se de mercadores e partem em busca da Índia. Depois de percorreram todo o trajecto que é descrito na infografia, os exploradores portugueses acabam por alcançar Calecut e Ceilão. Em 1488, estes dois nobres portugueses confirmam toda a potência comercial que é a Índia. As especiarias e as sedas fazem destas terras o objectivo maior da grande empreitada portuguesa que irá ficar conhecida como a Época dos Descobrimentos.
No seu regresso, o filho da “cidade neve” acaba por passar pelo Cairo, Sofala e outras tantas cidades do continente africano terminando as suas aventuras em Zeila, uma cidade da Etiópia. É aí que vai acabar os seus dias no ano de 1530, data que também carece de confirmação.
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