Câmara dá 230 mil euros ao Sporting da Covilhã

A autarquia garante que o apoio, aprovado por unanimidade, se destina à formação dos Leões da Serra.

O valor aprovado por unanimidade na última reunião do executivo camarário representa um aumento de mais 80 mil euros em relação à verba com que a autarquia serrana apoiou na época transacta o mais representativo clube da região.
Questionado sobre o destino final deste apoio, destinado à formação, e sobre a eventualidade de ser canalizado pelo clube para a equipa sénior, Carlos Pinto, presidente da edilidade covilhanense, sublinhou que “essencialmente os contratos desportivos são para a promoção do futebol juvenil”.
Sobre a forma de monitorizar a aplicação da verba frisou que pode ser feita uma avaliação através “do número de jovens envolvidos” nas actividades da colectividade e da “promoção de jovens dentro da equipa profissional”. “São tudo manifestações que o Sporting cumpre o contrato-programa que celebra com a Câmara”, sublinha o autarca.
Miguel Nascimento, o único vereador da oposição presente, realçou o trabalho feito pelo clube em diversas áreas. “É um grande emblema da nossa região”, para além de considerar que o Sporting da Covilhã tem sido “uma boa escola”.
O vereador socialista nota que se trata de um apoio substancialmente diferente no montante envolvido em relação a outros que têm sido votados. Mas sublinha que “há vários jovens da região no plantel principal, significa que tem sido feito um bom trabalho”.
Miguel Nascimento nota também que a subida de divisão “obriga a um grande esforço financeiro”. “É natural que a principal instituição da cidade apoie o Sporting da Covilhã”. E acrescenta: “não podemos todos festejar a subida no Pelourinho e depois não darmos apoios”. Embora defenda uma “colaboração mais intensa” entre os Leões da Serra e a Desportiva da Estação.
Carlos Pinto rejeitou a possibilidade de outras colectividades do concelho se virem a sentir injustiçadas por este apoio tão significativo atribuído ao Sp. da Covilhã. “A Câmara é presa por ter cão e presa por não ter. Se andar a apoiar todas as viagens e todas as manifestações e não apoiar uma equipa-bandeira como o Sporting, não tem uma noção de prioridades. Se fizer a opção que está aqui hoje patente, pode dizer-se que há alguns que ficam sempre de fora. Mas temos que fazer escolhas. Não há dinheiro para tudo”, justifica.