Voltar à Página da edicao n. 441 de 2008-07-08
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Coração das Trevas

> Eduardo Alves

Muitos dizem que Francis Ford Coppola baseou-se nesta obra para realizar o seu clássico Apocalypse Now. Outros não lhes dão tamanho destaque. Mas “Coração das Trevas”, um dos mais marcantes livros de Joseph Conrad, não é uma obra insignificante.
Este é um relato que surge depois de uma viagem do autor pelo rio Congo a bordo de um navio a vapor, Conrad narra-nos em Coração das Trevas a viagem do capitão Marlow em busca do agente Kurtz, um estranho homem enlouquecido que fundou nos confins do Congo uma micro-sociedade apoiada no horror e no medo. “O horror! O horror!", as últimas palavras de Kurtz, têm confundido e fascinado os leitores desde a primeira publicação, inclusive Francis Ford Coppola, que se baseou nesta obra para realizar o seu clássico Apocalypse Now.
Joseph Conrad é membro de um eminente grupo de escritores finisseculares como Stephen Crane, Robert Louis Stevenson, H. G. Wells e Henry James, Józef Teodor Konrad Korzeniowski (1857-1924) nasceu na Ucrânia, vindo a naturalizar-se inglês em 1886, após vários anos ao serviço da Marinha Britânica, adoptando o nome literário de Joseph Conrad.
Foram as viagens pelo mundo a bordo de inúmeros navios que forneceram a Conrad o material de que muita da sua ficção se alimenta. Foram estes, sobretudo, os ingredientes que o tornaram famoso – a vida do mar, as viagens, as paragens exóticas onde figuram personagens desnorteadas, como em Allmayer’s Folly (o seu primeiro romance, publicado em 1895), An Outcast of the Islands (1896), Lord Jim (1900) e, em especial, Coração das Trevas (1902).






Data de publicação: 2008-07-08 00:00:00
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