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Os fundanenses não querem deixar sair o ensino superior

Abaixo-assinado contra saída do Ensino Superior

Os cursos de hotelaria a funcionar na cidade deverão ir para a Idanha. Alunos e autarquia contestam.

> Notícias da Covilhã

Um abaixo-assinado foi posto a circular, na cidade, desencadeado por alguns alunos e cidadãos, que posteriormente será enviado ao Politécnico de Castelo Branco, a contestar a retirada dos dois cursos de Ensino Superior que funcionam no Fundão há três anos.
O anúncio do fim dos cursos, na cidade, foi feito a passada semana pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), em comunicado, mas gerou uma onde de contestação por parte de alunos e autarquia.
Na passada semana, de manhã, os alunos manifestaram-se, recebendo a presidente do Politécnico, Ana Maria Vaz, com faixas negras em protesto à porta do pavilhão Multiusos, onde os cursos funcionam. No entanto, a responsável, após reunir com os alunos, anunciou que a mudança de cursos para Idanha-a-Nova é definitiva e decorre da lei.
Recorde-se que já na segunda-feira, 9, Dia do Concelho, a decisão do Conselho Geral do IPCB foi criticada pelo presidente da Câmara do Fundão, Manuel Frexes. Em comunicado, o IPCB refere que "o funcionamento de um pólo de uma instituição de Ensino Superior fora da sua sede sem aprovação ministerial está vedado" pelo novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. Como não houve nenhuma escola superior aprovada para o Fundão e o Governo "assumiu o compromisso de não autorizar, na presente legislatura, a criação de nenhuma nova escola superior pública", manter o funcionamento dos cursos no Fundão constitui “ilícito de mera ordenação social”, refere o comunicado.
Mas segundo Manuel Frexes "não há qualquer alteração das imposições legais ou das condições que já existiam há três anos". Para o presidente da Câmara do Fundão, as verdadeiras razões para a decisão estão relacionadas com "uma tentativa de controlo pelo PS de todas as infra-estruturas educativas e Ana Maria Vaz [presidente do IPCB] é o elo mais fraco". O autarca sublinha que a Câmara investiu 500 mil euros nos últimos três anos para dar condições ao curso, a funcionar no pavilhão multiusos do Fundão, uma vez que o Ensino Superior é uma das prioridades do mandato.
Segundo Manuel Frexes, trata-se de uma oferta formativa importante para completar a que já existe na cidade, para fixar população e com uma aposta no sector do turismo.
Durante as cerimónias do Dia do Concelho, Frexes lançou "um repto" a todas as forças partidárias, "especialmente ao PS, com responsabilidades acrescidas por estar no Governo, para lutarmos pela continuidade do Ensino Superior no Fundão".
Quanto aos alunos, dizem que “ao longo destes anos, os alunos criaram um forte laço com a cidade do Fundão e não concebem a ideia de ir para Idanha-a-Nova e solicitam o apoio de todos para que tal não aconteça”, referem em comunicado, do núcleo de estudantes de Gestão Hoteleira e Turística. O documento contesta o anúncio feito pela presidente do IPCB, Ana Maria Vaz, segundo a qual “se os alunos se mantivessem no Fundão, correriam o risco de acabar o curso e o mesmo não ser reconhecido”.
Os alunos realçam que, “no presente ano lectivo, a Câmara do Fundão construiu em tempo recorde três salas totalmente equipadas” depois do número de alunos dos dois cursos atingir as 133 pessoas.


Os fundanenses não querem deixar sair o ensino superior
Os fundanenses não querem deixar sair o ensino superior


Data de publicação: 2008-06-24 00:00:00
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