Café Literário com Nuno Júdice

Nuno Júdice esteve na Covilhã para apresentar a sua mais recente obra “A matéria do poema”. O local escolhido para a apresentação foi o bar “Wine Gallery”onde o autor participou no Café Literário deste mês.

No passado dia 19 teve lugar no bar “Wine Gallery” mais uma sessão do Café Literário, uma iniciativa da Câmara Municipal da Covilhã que todos os meses traz um escritor conhecido à cidade para uma tertúlia cultural. Desta feita, o convidado foi Nuno Júdice, o primeiro poeta a participar no evento.
A apresentação do autor esteve a cargo de Manuel da Silva Ramos, amigo do poeta há 40 anos, desde os seus tempos de estudantes. Silva Ramos apresentou alguns dados sobre a biografia e a bibliografia de Nuno Júdice. Depois da apresentação, o grupo de jograis “U… Tópico” declamou alguns poemas do mais recente livro de poesia de Nuno Júdice “A matéria do poema”.
Após a leitura dos poemas, o autor deu início a uma pequena sessão em que respondeu a algumas questões do público, começando por revelar que escrever poesia é algo que o “acompanha desde sempre”. Nuno Júdice diz que Camões e Fernando Pessoa são os seus modelos e, quando questionado acerca do futuro da poesia em Portugal, afirma não estar preocupado que a “poesia possa entrar em quebra” já que a cultura portuguesa “está ligada à poesia, Portugal é um país de poetas”. O escritor confessa ainda que é bastante racional quando está a escrever um poema. “Quando estou a escrever aquilo que me preocupa são questões práticas, onde vou partir o verso, como é que esta palavra joga com a seguinte” revela. “A emoção é uma parte importante, mas nunca pode ser a principal” conclui.
Nuno Júdice nasceu na Mexilhoeira Grande, no Algarve em 1949. Formou-se em Filologia Românica na Universidade Clássica de Lisboa e é, actualmente, professor na Universidade Nova de Lisboa. Publicou o primeiro livro de poesia em 1972 e desde então tem recebido vários prémios pelas suas obras. Os seus livros estão publicados em vários países como a Espanha, Itália, Inglaterra e França.