Belmonte fora dos planos de prevenção contra toxicodependência

Deputados na Assembleia e autarca local lamentam que Belmonte não tenha sido contemplado com um plano de prevenção, ao contrário do que aconteceu com Covilhã e Fundão.

Na passada semana, decorreu um concurso para planos de prevenção da toxicodependência, ao qual, no eixo da Cova da Beira, apenas Covilhã e Fundão se puderam candidatar. É que, após diagnóstico ao território realizado pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), apenas nestes dois concelhos foram identificadas lacunas e potencialidades de intervenção, pelo que os dois têm a hipótese de se candidatarem a um Programa de Respostas Integradas. Já Belmonte ficou de fora. O que é criticado por deputados da Assembleia Municipal e pelo próprio autarca, Amândio Melo.
“É de lamentar Belmonte ficar de fora” frisa Luís D’Elvas, deputado do PSD, que lembra que os problemas “estão identificados”, pelo que o município “tinha que ser incluído”. “Não sei se foi falta de candidatura ou falta de influência política” afirma, acrescentando que “alguém tem que ser responsável por Belmonte não estar incluído”.
Já António Manuel Rodrigues, deputado do PS e presidente da Junta de Freguesia de Belmonte, salienta que os jovens belmontenses “são iguais aos outros, da Covilhã ou Fundão” e afirma que quem tem estes problemas “não deve ser marginalizado, mas ajudado. Entendo que estes planos de prevenção servem para isso” afirma.
Também Manuel Geraldes, presidente da Assembleia Municipal, e simultaneamente director do Centro de Saúde local, lamenta “não termos um plano destes” até porque, diz, este é “um problema que nos preocupa.
Já o presidente da Câmara explica porque o concelho ficou de fora. “São opções da Administração Central. Não foi por causa de nós. É uma questão pertinente, mas o IDT não considera Belmonte como uma população de risco” afirma, lembrando que nos últimos anos o concelho foi aquele que “mais planos de prevenção executou no distrito”. Luís Elvas, do PSD, que levantou a questão, diz que “discordo da Administração Central. Belmonte tem problemas”. Amândio Melo, na resposta, diz que “também lamento”, pelo facto do município não ter sido escolhido.