Voltar à Página da edicao n. 435 de 2008-05-27
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A Torre volta a ser palco de uma das etapas rainhas da volta

Subida à Torre é a grande novidade da Volta a Portugal

O percurso da prova foi apresentado esta semana e contempla, logo na terceira etapa, uma subida à Torre, pelo lado de Seia, com os corredores a partirem da Idanha. A Covilhã volta a ficar de fora

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A 70ª Volta a Portugal de bicicleta, apresentada na passada terça-feira, 20, em Lisboa, vai ter uma desgastante subida à Torre no arranque e um decisivo contra-relógio final até ao Alto de Santa Quitéria, na edição mais selectiva dos últimos cinco anos.
Com um total de mil 587,2 quilómetros, repartidos por 11 dias de prova, intercalados por um de descanso, o itinerário propõe ainda a subida ao Alto da Sra. da Graça, na véspera do "crono", numa altura em que o desgaste acumulado terá um papel determinante.
O pelotão enfrentará novamente um curto prólogo em contra-relógio individual, em Portimão, estabelecendo-se uma primeira hierarquia, e vai experimentar partidas da Póvoa do Varzim (7ª etapa) e de Barcelos (8ª etapa), duas cidades que têm estado "riscadas" do mapa da grande corrida portuguesa.
O primeiro grande teste vai acontecer na terceira tirada - o quarto dia de competição -, após a segunda e mais longa etapa (198,6 quilómetros entre Portimão e Beja), com os 171,5 quilómetros entre Idanha-a-Nova e a Torre, através da menos dura vertente de Seia (28,5 km com 5 por cento de inclinação média), já depois de ultrapassada uma contagem para o prémio de montanha de segunda categoria (Alto do Teixeira) e outra de primeira (Portela do Arão). “Nunca a alta montanha surgiu tão cedo na Volta a Portugal. É o que vai acontecer desta vez. É uma novidade que vem de encontro aos padrões do ciclismo moderno que introduz alterações nos hábitos instalados. O costume é encontrar as grandes dificuldades apenas ao fim de alguns dias de competição, mas vamos contrariar essa tradição” explica o director de prova, Joaquim Gomes, que não tem dúvidas de que depois desta subida “virá provavelmente para os primeiros lugares, quem sabe de forma definitiva, um lote mais restrito de corredores que irão discutir a Volta até ao fim.”
Segue-se uma etapa de baixa dificuldade, entre Guarda e Viseu, cidade na qual se vai gozar o dia de repouso. Depois, os corredores terão duas tiradas de transição, nas quais os triunfos deverão ser discutidos ao sprint, tal como deverá ter sucedido na primeira, segunda e quarta etapas. À sétima tirada regressam os terrenos acidentados, com 177,8 quilómetros entre a Póvoa de Varzim e o Alto da Sra. da Assunção, em Santo Tirso, onde a meta coincide com uma "montanha" de segunda categoria (6,8 km com 5,9 por cento de inclinação média).
No dia seguinte, Barcelos e Fafe serão ligados, num total de 169,8 quilómetros, mas o caminho terá duas contagens de segunda categoria e duas de terceira, a preparar a emblemática subida ao Monte Farinha (8,3 km com 7,7 por cento de inclinação média). Na nona e penúltima etapa, a mais curta das tiradas em linha, os ciclistas terão pela frente 146,2 quilómetros, entre Fafe e o Alto da Sra. da Graça, com duas "montanhas" de segunda e três de primeira, incluindo a mítica chegada entre os milhares de entusiastas das bicicletas nos arredores de Mondim de Basto há algumas noites.
A decisão, caso não tenham existido diferenças insanáveis, fica desde já marcada para a 10ª e última etapa, entre Penafiel e o Alto de Santa Quitéria, em Felgueiras, num contra-relógio individual de 40 quilómetros, cujos derradeiros mil 500 metros são bem exigentes (9,3 de inclinação média).


A Torre volta a ser palco de uma das etapas rainhas da volta
A Torre volta a ser palco de uma das etapas rainhas da volta


Data de publicação: 2008-05-27 00:10:23
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