Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 435 de 2008-05-27 |
UBI com avaliação europeia
Na próxima semana, a Universidade da Beira Interior recebe, pela primeira vez, os membros da comissão de avaliação da European University Association (EUA). Esta medida surge no âmbito de um programa que tem como objectivo reforçar a autonomia institucional.
> Eduardo AlvesDurante todo o ano de 2008, a UBI está inserida num programa de auto-avaliação institucional. Esta medida é orientada pela European University Association (EUA) e incide na instituição como um todo, numa perspectiva europeia e internacional e no sentido de a UBI obter o maior benefício do auto-conhecimento de forças e fraquezas. Luís Carrilho, vice-reitor da instituição e responsável por toda a coordenação lembra precisamente “a ajuda e o apoio que este tipo de avaliação oferece às instituições e à forma como estas reagem aos desafios inerentes à sua actividade”.
Este tipo de avaliação, segundo as palavras do responsável, “segue um certo guião cedido pela EUA e que pretende levar as instituições a responder a quatro questões relevantes: O que pretende fazer a Universidade em termos da missão, objectivos, normas e valores? Como é que a Universidade está a desempenhar a sua função em termos de organização, actividade de ensino-aprendizagem-avaliação, investigação e serviço à sociedade? Como é que a Universidade sabe e conhece que tudo está a resultar em termos de monitorização, práticas de qualidade e cultura de qualidade? Como é que a Universidade muda para melhor tendo em conta a gestão estratégica, a sua capacidade e a garantia da qualidade?”.
A resposta a estas questões seguiu já “num relatório desenvolvido pela comissão de autoavaliação e que está agora a ser analisado pelos quatro membros que se vão deslocar à UBI”. Desde o início deste processo, “houve já tempo também para realizar uma análise de todos os pontos positivos e negativos e do que são as nossas vantagens e desvantagens”.
Segundo os responsáveis pela academia, esta “avaliação, conduzida por especialistas europeus, pretende ajudar a UBI num desenvolvimento contínuo da sua gestão estratégica e da cultura e garantia da qualidade”. Desde 1993, a EUA já conduziu cerca de 200 avaliações em 39 países, sobretudo na Europa mas também na América Latina e na África do Sul. As várias comissões de avaliação são constituídas por reitores ou vice-reitores – em exercício ou aposentados – de diferentes países europeus, que não o da instituição, e por um secretário académico. A comissão que avaliará a UBI é constituída por Howard Davies, da London Metropolitan University, por Alojz Kralj, da Universidade de Ljubljana, por Philippe Rousseau, presidente da Universidade de Lille III e por Fuada Stankovic das universidade de Sarajevo e Belgrado.
A equipa da EUA debruça-se sobre os processos e estruturas institucionais de tomada de decisões e na eficácia do planeamento estratégico. Nas visitas à UBI, os membros da comissão vão avaliar a relevância dos processos internos de qualidade e a sua utilização no desenvolvimento estratégico da universidade. Este tipo de avaliação das instituições que se autopropõem tem uma orientação construtiva, isto é, pretende-se que contribua para o desenvolvimento e melhoria da instituição, não estando por isso adaptado para a criação de juízos ou comparações entre entidades.
Durante a visita preliminar, que decorre a partir de 2 de Junho, a equipa de avaliação familiariza-se com a universidade e a sua envolvente. Na visita principal, dois meses após a primeira, a atenção dirige-se para a determinação de quais, como e com que eficácia as políticas estratégicas e os procedimentos de qualidade da universidade estão a ser implementados em toda a instituição.
Este tipo de análise é abordada na perspectiva da universidade de modo a assegurar a compreensão do contexto institucional e a elaborar recomendações para aumento da eficácia dos processos de governo e de gestão e nas soluções de qualidade seguidas a nível interno. O programa de avaliação institucional é completamente independente de programas de avaliação de agências e governos nacionais. O processo de autoavaliação constitui uma reflexão colectiva institucional e uma oportunidade única que visa melhorar a qualidade de gestão e as actividades da instituição. Foi já enviado à comissão internacional um relatório elaborado pela Comissão de Autoavaliação Institucional, cujo conteúdo serve de modelo de informação para a equipa de especialistas que avalia a UBI, e tem em atenção a estratégia da instituição e a qualidade da gestão das actividades. As conclusões e recomendações da equipa de avaliação serão coligidas também num relatório que será apresentado à universidade.
Luis Carrilho afirma também que “esta tipo de avaliação permite à UBI ter algumas de futuro e algumas de melhorar os seus projectos”.
Multimédia