Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 434 de 2008-05-20 |
Arte para angariar fundos
Uma exposição na Galeria Art & Wine serviu para promover quatro obras que pretendem angariar fundos que servirão para comprar instrumentos para os alunos de música da Banda da Covilhã.
> Igor GonçalvesFoi no passado dia 9 que as obras de quatro conceituados pintores da cidade da Covilhã foram expostas na Galeria Art & Wine. O objectivo era promover a compra de serigrafias, cópias de obras originais, que vão sair em conjunto com o Jornal do Fundão nas próximas semanas. A iniciativa surge no âmbito do Projecto “Uma Serigrafia – Uma História – Um Instrumento”. Entre os nomes dos artistas que aderiram a esta causa estão Artur Aleixo, Maria Alice Peixeiro, Mário Costa e Maria Rosalina Cruz. As serigrafias são acompanhadas de um texto explicativo do espaço reflectido na tela da autoria do escritor Manuel da Silva Ramos. O professor e maestro da banda José Eduardo Cavaco foi o responsável pela ideia. “A banda precisa de arranjar dinheiro para comprar instrumentos”, disse. Parte do dinheiro reverterá assim, em nome desta causa. Mas mais do que isso este projecto pretende “Homenagear a cidade da Covilhã – Artistas, histórias, recantos e a sua música”, concluiu o maestro.
A Banda da Covilhã é uma associação sem fins lucrativos e a sua principal actividade é o ensino e a prática instrumental de uma forma gratuita. O projecto Escola de Música – Escola de Valores, leva a que mais de 40 crianças, entre os 9 e os 17 anos de idade, frequentem a escola desta associação. A todos é facilitada a aprendizagem musical e a prática instrumental de uma forma gratuita. Face ao grave incêndio que em 1992 destruiu todo o instrumental e ao número crescente de alunos é urgente angariar verbas para a compra de novos instrumentos.
No mesmo dia decorreu a apresentação de uma outra exposição, desta feita, do pintor Sousa Amaral, também ele da cidade da Covilhã. Este foi descrito como um dos pintores de vanguarda, mesmo a nível nacional. O pintor disse, em declarações ao Urbi@Orbi, que acredita que os estilos já não têm o papel que outrora tiveram. As correntes encontram-se hoje fragmentadas e “é o carácter universal da arte que deve sobressair”. O pintor defende um carácter não pessoal nas suas obras, sendo que “o ideal vem do espectador”. Existe, nos seus trabalhos, a mistura do elemento cor com certos ícones que ele diz contribuírem para “um auge da mensagem que quer transmitir”.
No final, a Tuna da Universidade da Beira Interior, Desertuna actuou, para alegria dos presentes, e seguiu-se uma prova de vinhos. Uma tarde de convívio bem passada a favor de uma causa nobre.
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