Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 432 de 2008-05-06 |
Dirigentes associativos precisam de mais atenção
O associativismo não está em crise, mas vive alguns problemas, como a falta de financiamento, de dirigentes e formação. Esta uma das conclusões da Tertúlia que o Académico dos Penedos Altos levou a efeito no dia 25.
> Notícias da CovilhãO associativismo não está em crise, mas debate-se com problemas. Os três principais, segundo Bernardino Gata, delegado do Inatel, são a falta de financiamento, de dirigentes e de formação.
Esta foi uma das ideias transmitidas na XI Tertúlia Academista, realizada na noite de 25 de Abril e tinha como tema “Associativismo e Revolução: Antes e Depois”. Um encontro que contou com representantes de 34 colectividades, participação que entusiasmou o presidente do Académico dos Penedos Altos, Carlos Silva.
O coordenador da intersindical CGTP, Carvalho da Silva, entende que a crise é uma ideia errada que foi inculcada. “O modelo que se tem seguido é que não é justo”. Na óptica do sindicalista o associativismo, “espaço de solidariedade”, exige “contribuição, participação e responsabilização”, que têm de partir da pessoa e não ser impostas. E considera que se nota um “individualismo institucional”.
Por um lado, Carvalho da Silva considera que se incutiu que o êxito depende do individualismo. Por outro frisa que “se o trabalho é precário, se há instabilidade de horários, salários muito baixos, a predisposição para o associativismo é menor”. Embora realce a vitalidade do movimento associativo na Covilhã, onde há mais de 200 colectividades, e lembre que estas dinâmicas nasceram “em tempos de nenhuma instabilidade no emprego”, quando em grupo se procuravam resolver problemas e a solidariedade era um conceito presente.
Para Carvalho da Silva o associativismo é um espaço de combate ao individualismo e um campo de “cultura integral do indivíduo”. O dirigente sindical defende também que “a formação de dirigentes devia ter a responsabilização do Estado”.
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