Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 431 de 2008-04-29 |
Parceria com privados remodela Teatro Cine
A autarquia covilhanense pretende abrir concurso para encontrar interessados em fazer as obras do futuro Teatro Municipal. O campo da Estação pode vir a ser incluído na negociação.
> Notícias da CovilhãA requalificação do Teatro Cine da Covilhã vai passar por uma parceria entre a Câmara Municipal e investidores privados. Pelo menos é essa a intenção manifestada pela autarquia covilhanense, que tinha agendado o desencadear do processo para a reunião extraordinária que decorreu na passada quinta-feira, 7, mas o assunto acabou por ser retirado da ordem de trabalhos.
O anúncio da compra do edifício, propriedade da família Pina Bicho, foi feito no último Dia da Cidade, a 20 de Outubro. Carlos Pinto, presidente da autarquia, comunicou o abandono do projecto Centro de Artes para fazer do imóvel do Pelourinho o futuro Teatro Municipal da cidade. O valor da aquisição não foi divulgado e, até ao momento, o negócio ainda não se concretizou, embora no último sábado, durante as Jornadas do Património, o autarca tenha dito que o acordo está “iminente”. Na ordem de trabalhos o segundo ponto referia o “procedimento para a selecção de parceiro privado para a participação com a Câmara Municipal na constituição de uma sociedade comercial destinada a à requalificação do Teatro Municipal da Covilhã”.
A conclusão do campo da Associação Desportiva da Estação (ADE) poderá passar também por este negócio. Inclusive, essa possibilidade terá sido referida na reunião camarária, realizada à porta fechada.
“Esperamos que até meados do próximo ano as obras possam ser lançadas, num investimento de 10 milhões de euros”, previu Carlos Pinto, também durante as Jornadas do Património. A remodelação do edifício foi entregue ao arquitecto Miguel Correia, que está também responsável pelas modificações no Cine Centro, adquirido pela edilidade, e projectou a Moagem, no Fundão.
Entre as alterações previstas está a ampliação do palco, assim como a redução do número de lugares, de mil para 600, e a criação de mais salas. Quando fez o anúncio o presidente da autarquia contava obter financiamento através de uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
No final da reunião, questionado pelos jornalistas, Carlos Pinto disse apenas que o ponto tinha sido retirado, e escusou-se a dar pormenores sobre as intenções da Câmara Municipal ou sobre o modelo da parceria público-privada pensada.
A solução pode passar pela parceria com privados que executem a obra, a quem a autarquia passará a pagar uma renda mensal.
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