Voltar à Página da edicao n. 431 de 2008-04-29
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 
> <strong>José Geraldes</strong><br />

Novos horizontes na Covilhã

> José Geraldes

Há factos noticiados a que não se pode ser indiferente seja no plano positivo seja negativo.
O primeiro facto diz respeito à manchete do NC da semana passado que alertava para a realidade de haver menores já dependentes do álcool na Cova da Beira. Trata-se de um dado que começa a emergir e ao qual urge estar atento até porque a tendência para aumentar é notória.
Pais e educadores não podem ignorar este fenómeno. Exige-se, pois, uma atenção redobrada em casa e na escola. E, como diz a sabedoria popular, “em pequenino se torce o pepino”, ou seja importa impedir maus hábitos na ingestão de bebidas com álcool. E, como em tudo na vida, o mal é começar sem regras de qualquer espécie.
Sabe-se que o alcoolismo se posiciona como um dos flagelos das sociedades modernas com os riscos que acarreta em todos os aspectos. Por exemplo, muita da violência doméstica que há por aí, parte de maridos alcoólicos. O flagelo é transversal a toda a sociedade e tudo o que puder fazer-se para o erradicar nunca será demais.
A par da dependência do álcool dos menores, cresce o consumo de uma nova droga que dá pelo nome de ecstasy. Esta droga causa malefícios para toda a vida. Médicos e especialistas não se cansam de alertar para os seus perigos. Ora verifica-se que os jovens consumidores não têm a noção dos riscos que correm. E mostram-se inconscientes ao problema que estão a criar a si próprios e ao plano inclinado da dependência para onde estão a entrar.
Estamos perante um problema que a todos deve preocupar.
O segundo facto refere-se ao património. Os covilhanenses tiveram, sábado último, uma oportunidade para conhecerem o que há de valioso na Covilhã. O dia do património constituiu um acontecimento de alto gabarito a todos os níveis.
Os grupos que fizeram os percursos, aprofundaram ainda mais os conhecimentos sobre os lugares históricos. E houve quem pela primeira vez visse peças de inusitado valor . Daí o espanto e a surpresa. E a admiração. Alguns nem supunham as riquezas históricas que a Covilhã tem.
As jornadas brilharam pelo nível dos oradores e das comunicações. E mais uma vez se vincou o valor do património industrial covilhanense que a UBI de forma admirável vem recuperando com a instalação das suas unidades de ensino das antigas fábricas de lanifícios.
A ideia de levar o património às escolas por iniciativa da autarquia surge como a melhor forma de despertar os jovens para sua conservação e tomada de consciência da sua importância na vida colectiva.
O terceiro facto prende-se com a inovação que precisamente a UBI está a promover em parceria com o Centro Hospitalar da Cova da Beira.
A inovação é uma cinta para grávidas com o objectivo de monitorizar a saúde do feto. Mas o projecto tem ambições mais vastas pois pretende também fazer aplicações no âmbito da saúde desportiva . Daí o poderem constituírem-se empresas com as novas tecnologias vai um passo.
Um facto negativo lido a uma luz positiva, dois factos positivos que abrem horizontes de esperança. A vida como ela é feita aqui e agora na Covilhã e na Cova da Beira.


Data de publicação: 2008-04-29 00:00:00
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