Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 431 de 2008-04-29 |
Barragens com pouca água preocupam agricultores
A Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco manifestou-se na passada semana preocupada com a escassez de recursos hídricos para enfrentar o próximo Verão na região.
> Notícias da CovilhãDe acordo com o último relatório mensal do Instituto de Meteorologia (IM) sobre informação climática, todo o território continental português estava em Março sob seca meteorológica, metade em situação moderada. A pior situação dizia respeito às zonas litorais do Porto e Viana do Castelo e ainda a uma área que se estendia em linha recta, sensivelmente, de Coimbra a Castelo Branco. O cenário foi entretanto desagravada devido às chuvas que caíram na segunda semana de Abril, segundo o IM, e que “resolveram eventuais problemas que houvesse com as culturas de Outono e Inverno [cereais]”, afirma à Agência Lusa Mesquita Milheiro, presidente da Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco.
“Essas culturas têm água suficiente no solo, assim como as pastagens em toda a região. Mas as nascentes e barragens estão abaixo do normal e o Verão já preocupa”, admite aquele responsável. “Não há razão para alarme, mas estamos quase em fins de Abril e, normalmente, já não caem grandes quantidades de precipitação até ao Verão”, acrescenta Mesquita Milheiro, preocupado com os pomares e campos de milho.
“Neste momento, os agricultores não têm nada a fazer. É preciso chuva na quantidade certa, caso contrário vai afectar a produção”, ou por falta dela, ou por cair em excesso nas próximas semanas, afectando a floração.
Para Mesquita Milheiro, a alteração do ciclo das árvores é um dos sinais mais claros das mudanças climáticas. “As árvores andam enganadas”, diz. Acompanhando Invernos mais amenos, “o rebentamento da flor é antecipado, mas não se livram de uma ou outra geada ou chuva e isso causa problemas à produção”, explica.
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