Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 430 de 2008-04-22 |
A Covilhã vai ter um cluster de máxima importância para definir o seu futuro como pólo de desenvolvimento. Esse cluster é uma fábrica de aviões a instalar junto ao actual aeródromo, já que foi aberto concurso para o aeroporto regional a construir no Terlamonte. As primeiras aeronaves começarão a ser produzidas em 2009.
A instalação do cluster na Covilhã foi decidida pela ALEIA, empresa de capitais franceses após negociações com a Universidade da Beira Interior e a Câmara Municipal. As vias rodoviárias existentes e a proximidade com a Espanha jogam um papel complementar.
Os recursos humanos e técnicos da UBI foram decisivos para esta escolha. Pois o novo cluster terá como cérebros os licenciados de uma série de cursos da UBI com a licenciatura da aeronáutica à cabeça. Mas pela sua natureza, o cluster vai também precisar de licenciados de várias áreas principalmente da matemática, engenharia e electromecânica. E de outras já que se trata de um empreendimento transversal aos vários saberes.
A nova unidade industrial cria em princípio uma centena de postos de trabalho. Mas há a salientar que o cluster será ao mesmo tempo um centro de investigação na indústria da aeronáutica com incidências no desenvolvimento das ciências aeroespaciais.
Depois dos tecidos “made in Covilhã”, passaremos a ter “aviões made in Covilhã” a cruzarem os céus. E, como a Faculdade de Medicina foi a consolidação da UBI, o novo cluster pode exercer a função de “locomotiva” para as engenharias e ciências exactas.
Outra consequência da nova unidade vem da atracção de especialistas que aqui se fixam e de população adjacente contrariando assim a desertificação.
A UNESCO instituiu, em 1983, um dia para aumentar a atenção do público relativamente ao património. Esse dia é o 18 de Abril. Este ano o tema tem com centro de reflexão o património religioso e os espaços sagrados. Em Portugal, o património artístico é 90 por cento religioso. Daí a importância na sua conservação e restauro, pois trata-se da memória da crença religiosa nas suas várias dimensões.
A Câmara Municipal da Covilhã pensou bem ao criar o dia do património da cidade com várias iniciativas de ordem cultural desde as jornadas aos percursos e exposições e concertos musicais. Há uma riqueza a explorar nesta área sobretudo no património industrial que a UBI tem vindo a recupera instalando aí unidades de ensino.
Os covilhanenses e não só têm uma oportunidade neste dia para conhecer o seu património.
O Museu de Arte Sacra sediado na Guarda foi entregue à diocese. Como explicitou o bispo diocesano D. Manuel Felício, esta entrega foi “a hora da justiça devolvendo o espaço ao seu legítimo proprietário”. O museu que ocupa as instalações da antiga capela do Seminário Maior que ali funcionou até à implantação da República, tem dois pisos, uma cave e uma plataforma superior.
“O museu pretende ser um livro aberto da arte da diocese” definiu o bispo diocesano que espera continuar com a colaboração da Câmara Municipal da Guarda. Além de museu diocesano, o espaço vai acolher exposições temporárias e constitui mais um enriquecimento cultural para a cidade da Guarda.
Dois nomes devem ser lembrados pela acção iniciada para esta entrega: D. António dos Santos ao tempo bispo da Guarda e Maria do Carmo Borges então presidente da Câmara egitaniense.
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