Voltar à Página da edicao n. 429 de 2008-04-15
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A nova estrutura pode surgir em breve

Belmonte vai ter novo hotel

Para já, a oferta é suficiente. Mas, caso o número de turistas cresça de forma sustentada, como a Câmara espera, as unidades hoteleiras existentes poderão não ser suficientes. Por isso, avisa a autarquia, os empresários devem estar atentos a esta oportunidade. Já há pedidos e um deles tem como objectivo a instalação de um hotel no Parque Empresarial

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“O segredo é a alma do negócio”. Era assim que o presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo, justificava o facto de não poder dar mais informações sobre um novo possível empreendimento no concelho na área hoteleira. O autarca frisava que existiam “pedidos” na Câmara, mas que, para já, estava tudo no “segredo dos deuses”. Uma revelação feita à margem da apresentação da nova imagem no município, há semanas atrás, no dia 31 de Março, no Museu Judaico.
Porém, já na última quarta-feira, 2, na reunião do executivo belmontense, Melo desvendou o segredo. Uma empresa, a Gerval, solicitou à autarquia a cedência de um terreno no Parque Empresarial para ali edificar um hotel, um investimento “necessário” justifica Amândio Melo, que poderá trazer mais emprego. A autarquia acabou por votar a favor a atribuição de um terreno, mas com os votos contra dos vereadores da oposição do Movimento por Belmonte. Segundo Dias Rocha, o que está em causa não é o investimento mas sim a sua localização.
Porém, na segunda-feira, 31 de Março, no Museu Judaico, quando confrontado com o facto de, decorrente da aposta da vila em museus temáticos (serão cinco, com o dos Descobrimentos, em 2009) o número de turistas poder crescer de modo a que Belmonte não tenha como os albergar, Melo dizia, porém, que para já, a oferta hoteleira é suficiente e que tinha forte convicção que não é pelo facto de haver mais hotéis que existirão “mais turistas”. O autarca defende um turismo sustentado, e não de massas, pelo que quer hotéis sim, mas que estejam ocupados e não, como se costuma dizer, “às moscas”. “Belmonte quer ser local de paragem e penso que temos unidades hoteleiras capazes de acolher turistas com muita qualidade. Se calhar, no futuro, poderão não ser suficientes, mas para já, chegam” afirmava Amândio Melo, que diz que para além da oferta de turismo cultural estão a ser desenvolvidas novas ofertas para que quem vem de fora não faça do município apenas um local de passagem. “Temos ofertas ligadas ao turismo da natureza, por exemplo, que podem complementar as visitas aos museus e fazer com que as pessoas possam ficar mais uns dias. Depois, à nossa volta, existem outras infra-estruturas que podem agarrar essas pessoas, como por exemplo o Skyparque de Manteigas” explica. Caso a oferta hoteleira deixa de ser suficiente, o autarca esperava que “os empresários estejam atentos” a esta oportunidade de negócio.
Em termos físicos, por fora, está pronto. Tanto que parte do estaleiro que impedia a circulação numa das vias da Rua Pedro Álvares Cabral foi retirado há algumas semanas, estando o trânsito restabelecido, embora nos últimos dias obras em termos de canalização tenham voltado a criar alguns constrangimentos na circulação automóvel. Agora, faltam obras por dentro e a segunda fase do projecto, que passa pelo equipamento do interior. O Museu “À descoberta do Novo Mundo”, que será dedicado à vida de Pedro Álvares Cabral, aos descobrimentos e ao Brasil, apenas aguarda o vastíssimo equipamento multimédia que será ali instalado, criando um museu de “sensações”. Uma obra que o presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo, espera inaugurar daqui a um ano, ou seja, nas festas do concelho de Abril de 2009 e que poderá ser um mais valia em termos de captação de turistas.
“Tivemos 44 mil visitas aos museus, no ano passado, com o Judaico a assumir grande relevância, por exemplo, no que toca a turistas estrangeiros, desde Espanha aos Estados Unidos. Penso que o novo museu trará uma nova dinâmica, pelo menos para a comunidade brasileira, que estando em Portugal não acredito que não queira vir a Belmonte” afirma Amândio Melo. No turismo, são os portugueses aqueles que mais visitam o concelho, mas tem havido alguns estrangeiros e o autarca acredita que, de futuro, muitos mais virão.


A nova estrutura pode surgir em breve
A nova estrutura pode surgir em breve


Data de publicação: 2008-04-15 00:03:00
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