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Manuel Cargaleiro: 81 anos de cultura beirã
O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro, natural de Vila Velha de Ródão, completou no passado domingo 81 anos de idade, data que foi assinalada com a inauguração do Museu Cargaleiro no Seixal.
> Notícias da CovilhãPrestes a completar 60 anos de carreira, este homem, naturalmente ligado à cultura beirã, continua, humilde, a dizer que quer aprender “todos os dias com todos aqueles que me rodeiam”.
Nascido a 16 de Março de 1927, este artista, radicado em França há mais de 50 anos, começou bem por baixo e em busca de melhores condições de vida foi, com apenas um ano de idade, para o concelho de Almada com os seus pais. Em 1949 foi para uma fábrica de azulejos de Sintra trabalhar e foi aí que ganhou a sua primeira experiência enquanto artista. No mesmo ano participou no Primeiro Salão de Cerâmica de Lisboa. E nunca mais parou com a arte. Fixou-se com os pais no Fogueteiro, concelho do Seixal, onde já existe uma escola com o seu nome e onde vai agora surgir um Museu. Itália foi um dos países onde cresceu como artista, mas Paris ficou a ser o seu quartel-general. “Uma opção de vida para pintar com mais liberdade” justifica, recusando a ideia de poder regressar a Portugal para se fixar a tempo inteiro, embora cá venha muitas vezes.
Entre as suas obras mais conhecidas está um painel de azulejos nas estações de Metro dos Champs-Elysées- Clemenceau (Paris), outro no Colégio Militar-Luz (Lisboa), a fachada da Igreja de Moscavide e os painéis do Jardim Municipal de Almada, entre outros. Existe em Castelo Branco um pólo museológico da Fundação Manuel Cargaleiro, sedeada em Lisboa e existe na sua terra, Vila Velha de Ródão, uma escola de artes decorativas com o seu nome.
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