Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 425 de 2008-03-18 |
Pedra, Papel ou Tesoura?
O XII Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, organizado pelo TeatrUBI e pela ASTA, trouxe até à Covilhã a peça Pedra, Papel ou Tesoura, sobre encontros, desencontros, e reconciliação.
> Liliana AlexandreCom autoria e encenação de A. Branco, Pedra, Papel ou Tesoura, foi a peça que o Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências de Lisboa trouxe até ao Teatro Cine no passado dia 10 de Março.
De acordo com o encenador, esta obra “é um jogo, um jogo matemático em que tudo se repete e tudo se resolve”. Segundo A. Branco, o nome da peça com o facto de Pedra, Papel ou Tesoura também ser um jogo infantil.
“São 5 horas e não se ouve nada”, diz Eduardo. A função deste personagem é apresentar as cenas e lançar as peças. Todas elas são iniciadas com frases fortes e terminam com algo relacionado com a peça.
Inês, uma mulher abandonada, encontra-se “sentada numa cadeira, onde apanha sol e deixa crescer os cabelos”. É uma personagem passiva, que foi abandonada e se deixou ficar à espera. Do outro lado encontra-se João, um personagem activo, que continua a trabalhar mesmo estando só. João faz pela vida e Inês continua à espera.
Ambos têm amigos, dois grupos distintos, em locais diferentes mas com pensamentos muito semelhantes. Os amigos da Inês interrogam-se sobre os motivos que levaram João a ir-se embora, acabando por consolá-la dizendo que “eles voltam sempre”. Por outro lado, os amigos do João fazem as mesmas interrogações, mas a conclusão é diferente: “Elas nunca voltam”.
“Posso abraçar-te?”, questiona Inês ao ver que João está de costas, ao que ele responde convictamente “podes, mas sabes o que isso significa?”. Face a este fecho da peça, o objectivo de A. Branco é «deixar que cada espectador “crie o seu próprio final”».
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