Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 424 de 2008-03-11 |
“Espero sempre o melhor e por isso quero ficar em primeiro”
Mauro Reis é o único representante do distrito de Castelo Branco no campeonato nacional de Kartcross. Aos 25 anos, o estudante de Engenharia Civil na Universidade da Beira Interior, espera deixar uma marca no Kartcross nacional ultrapassando o curriculo do seu pai. Considera que no ano que passou lhe faltou sorte mas em 2008 vai lutar para ser campeão nacional.
> Joel MeloUrbi@Orbi – Qual o balanço da temporada?
Mauro Reis – Foi uma temporada difícil, a concorrência está muito forte, não consegui os meus objectivos devido aos azares que tive, mas como foi o segundo ano acabou por não ser mau. Espero uma temporada melhor para o ano.
Urbi@Orbi – Quais eram os objectivos que tinha em mente?
Mauro Reis – O meu principal objectivo era ficar entre os três primeiros, até ao meio da época consegui mas depois, com muitos azares sucessivos, caí para quinto lugar.
Urbi@Orbi – O que correu mal?
Mauro Reis – A concorrência é muito forte. Quem disputa os primeiros lugares tem um andamento muito forte, são 15 pilotos a rodar no mesmo ritmo e depois a sorte também acabou por não ajudar pois tive acidentes, alguns graves e outros que ainda deram para remediar mas que acabaram por afectar a minha prestação, mas mesmo assim consegui uma classificação que não é muito má.
Urbi@Orbi – Tem falhas a apontar, a nível mecânico ou a nível dos pilotos que disputam consigo o campeonato?
Mauro Reis – A nível mecânico não porque a equipa é boa e tínhamos sempre o carro afinado ao máximo, obviamente que há alguns “truques” de que a gente não tem conhecimento pois estamos sempre a aprender de época para época. A nível dos outros pilotos penso que há falta de fair-play visto que não são poucas as vezes que tentam, literalmente, passar uns por cima dos outros. É um problema grave no Kartcross visto que não há regras e o problema passa impune tornando, várias vezes, a corrida num “salve-se quem puder”.
Urbi@Orbi – É então a passividade da Federação que causa esse problema?
Mauro Reis – Sim, porque colocam as leis no regulamento mas na prática não as cumprem. Dá isto a entender que o fundamento da entidade é ganhar dinheiro em vez de engrandecer o desporto que representa.
Urbi@Orbi – Com todos estes atritos e problemas, vale a pena andar no Kartcross?
Mauro Reis – Quando se gosta de um desporto estes problemas que surgem passam para segundo plano e tentamos agarrá-lo ao máximo. Obviamente que há dificuldades, não se ganha dinheiro, muito pelo contrário, mas quando há paixão pelo desporto que se pratica aguenta-se quase tudo.
“É sempre gratificante disputar esta competição”
Multimédia