Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 422 de 2008-02-26 |
Emprego em alta na UBI
Pela primeira vez o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apresentou um estudo sobre os licenciados que estão sem emprego. Nos dados divulgados estão comparadas as instituições que mais alunos formam e os cursos que mais profissionais lançam no desemprego.
> Eduardo AlvesEm matéria de empregabilidade “a UBI está bem e recomenda-se”. Quem o garante é Rogério Palmeiro, responsável pelo Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais da UBI. A confirmar esta opinião parecem estar os números agora revelados no estudo “A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior”, produzido pelo Ministério da Ciência apontar um cenário pouco animador para quem não escolheu correctamente a sua licenciatura ou estabelecimento de ensino. Isto porque, segundo os dados recolhidos pelo ministério da tutela, existem actualmente quase 40 mil licenciados no desemprego. Números apurados no último mês de 2007 e que pela primeira vez são tornados públicos.
De entre estes 40 mil desempregados, os licenciados em Psicologia, Serviço Social, Economia, Educação e em alguns casos Enfermagem, são os que mais dificuldades encontram para conseguirem um emprego. Algo que o responsável pelo GESP explica como “falta de estratégia”. Palmeiro aponta o exemplo de “uma instituição do ensino superior onde existem licenciados em Engenharia Mecânica que estão no desemprego”. Este responsável esclarece “que na UBI temos muito mais ofertas de emprego, nestas áreas, do que procura por parte dos alunos”. Tudo isto “fruto de um trabalho contínuo de relação com o tecido empresarial, com as entidades exteriores e com diversos sectores económicos que depois nos permite a implementação de diversos protocolos e um substancial apoio aos nossos récem-licenciados”.
A UBI é uma das instituições mais bem posicionadas nesta escala, onde surge como a pior instituição o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, que entre os anos lectivos de 1996/97 e 2005/06 formou 2974 alunos nesta área, dos quais 204 se encontram agora desempregados. A estes acrescem mais 169 psicólogos desempregados de um total de 2004 diplomados pela Universidade Lusófona, terceira do ranking negativo. Segundo os dados recolhidos por este estudo do ministério, só em Dezembro de 2007 existiam mais de mil licenciados em Psicologia no desemprego. A estes juntam-se 200 enfermeiros, outros tantos economistas e semelhantes número de diplomados em Serviço Social.
Mas nem mesmo cursos reconhecidos são a solução do problema. Muitos dos licenciados em Direito pelas Universidades de Coimbra e Lisboa acabam por não encontrar uma solução profissional.
Este estudo é o primeiro levantamento nacional de inscritos nos centros de emprego cuja formação académica esteja ao nível da licenciatura. Para além disso, o estudo cruza ainda os números de desempregados licenciados com as instituições e os cursos que estes frequentaram. Os números agora divulgados apontam também a existência de 457 mestres sem emprego aos quais se juntam 66 doutores.
Segundo Rogério Palmeiro, a situação da UBI “está tão positiva devido ao elevado número de estágios que conseguimos, e onde são abrangidas todas as áreas, ainda que existam algumas com mais procura, mas só o facto dos alunos conseguirem um estágio no final da sua licenciatura é um sinal positivo para a sua entrada no mercado de trabalho e também para a qualidade e para o reconhecimento da instituição”. O Instituto Nacional de Estatística (INE) adianta também que a taxa de desemprego entre licenciados mais que duplicou entre 2002 e 2007.
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