Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 422 de 2008-02-26 |
Muita da magia de Hollywood foi alcançada através dos filmes que narravam as aventuras do velho Oeste. Cowboys solitários, heróis do “sacar” rápido, perseguições e duelos com índios, assaltos a comboios e caravanas de garimpeiros, são muitas as situações que fazem parte deste tipo de filmes.
Contudo existe um grupo bem especial que acaba por ficar para história. “Um punhado de dólares”, “O bom, o Mau e o Vilão”, “O estranho sem nome”, todos de Clint Eastwood são alguns dos favoritos e apenas um pequeno exemplo destes mesmos filmes que se tornaram clássicos.
Mas existe também uma boa produção, levada a cabo há alguns anos, que trouxe para este tipo de películas, o actor Russell Crowe. “Rápida e mortal”, produção que remonta a 1995 conta com uma muito bom interpretação de Crowe, onde Sharon Stone é a personagem principal da trama.
Treze anos depois, o neozelandês volta ao grande ecrã num filme de “cowboys”, com “3:10 To Yuma”. Um trabalho que tem tudo para se tornar um clássico. A começar pelo argumento e a forma como este foi explorado. Por aqueles dias, o Oeste americano era assolado por um lendário bandido de nome Ben Wade, personagem interpretada por Russell Crowe. No seguimento de um assalto este acaba por ser capturado pelas autoridades de um lugarejo isolado.
O grande problema agora é levar um dos mais temidos assassinos até à cidade de Contention, de onde parte um comboio que transportará Wade para a cidade de Yuma, onde o aguarda um julgamento e a pena capital. Com poucos elementos, a força policial tem de recorrer a voluntários que queiram integrar a comitiva de escolta, uma vez que os homens de Wade tudo farão para libertar o bandido.
Dan Evans, personagem interpretada por Christian Bale, é um soldado retirado que sempre levou a sua vida pelas regras sociais. A participação na Guerra Civil deu-lhe uma lesão numa perna e uma fraca pensão com a qual sobrevive mais a mulher e o filho adolescente. Evans ao verificar a falta de homens para ajudar as autoridades acaba por dar-se como voluntário e embarca nesta que poderá ser a última aventura para todos aqueles que pretendem entregar Wade à justiça. O que este antigo soldado não espera é que o seu filho integre também a comitiva, acto que vai contra a sua vontade.
E se existe algo em que Bem Wade é tão bom como a roubar é também na exploração das fraquezas pessoais. Apercebendo-se depressa que o adolescente vê como exemplo os bandidos e não as autoridades ou o seu pai, Wade tentar encontrar uma forma de escapar.
Estão então reunidas as condições necessárias para uma boa história de cowboys. Ao longo de 117 minutos, podemos assistir a desempenhos assinaláveis, a um bom desenvolvimento de toda a narrativa e, a um bom filme.
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