Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 421 de 2008-02-19 |
UBI imprime a três dimensões
O Laboratório de Desenvolvimento do Produto e Prototipagem do Departamento de Engenharia Electromecânica da UBI acaba de adquirir uma impressora capaz de produzir objectos a três dimensões. A aposta, segundo os responsáveis, foi feita a pensar no curso de Design Industrial.
> Eduardo AlvesA UBI é a primeira instituição de ensino superior da região Centro a possuir uma impressora de prototipagem. Um equipamento que consegue produzir objectos a partir da sua matriz a três dimensões feita em programas informáticos.
Esta nova ferramenta, adquirida pelo Laboratório de Desenvolvimento do Produto e Prototipagem do Departamento de Engenharia Electromecânica da UBI “vem dar um contributo significativo à formação de Design Industrial”, adianta Denis Coelho. Esta impressora custou mais de 32 mil euros consegue produzir na forma real “todos os objectos ou os denominados protótipos, que o utilizador deseje”. Um processo bastante complexo que passa pela utilização de um material cerâmico reduzido a finos grãos de pó e que está disposto num tabuleiro específico. Esta máquina possui também um braço “semelhante às impressoras de jacto de tinta, com um cartucho carregado de um polímero líquido – um ligante – que vai ser injectado no pó”, explica o docente. Depois de todo um trabalho minucioso e “com uma precisão milimétrica”, surge o objecto final.
Um objecto que “pelos métodos tradicionais de prototipagem poderia levar dias a ser conseguido, aqui leva algumas horas”, acrescenta Denis Coelho, um dos responsáveis pelo laboratório.
É precisamente este tipo de vantagens que os docentes da UBI esperam vir a conseguir com os alunos de Design Industrial. Com este tipo de máquina “as pessoas podem verificar e analisar a peça que estão a produzir”. Até porque, “uma coisa é vermos um objecto tridimensional num ecrã de um computador e muito diferente é ver esse mesmo objecto nas nossas mãos e poder analisá-lo”, acrescenta o docente. Mas este tipo de impressoras pode ser aplicado em muitas outras coisas, “quanto mais não seja para que, no processo de desenvolvimento do produto, comunicar um conceito, ou também para perceber até que ponto esse mesmo produto é exequível ou não, por exemplo, em termos estéticos ou funcionais”, remata Denis Coelho.
A máquina está no Laboratório de Desenvolvimento do Produto e Prototipagem que é um laboratório do Departamento de Engenharia Electromecânica, afecto ao mestrado em Design Industrial e Tecnológico. Uma formação superior onde “acabamos por sentir a necessidade de ter este equipamento”. Para além deste aspecto, há a referir também “a concepção que nós temos aqui na UBI deste tipo de cursos, que vai para além daquilo que normalmente se encontra em Portugal onde os cursos de Design surgem muitas vezes associados, ou a Faculdades de Belas Artes, ou a Faculdades de Arquitectura”.
Aquilo que Denis Coelho e os restantes responsáveis por esta área pretendem é “procurar estimular nos nossos alunos a criatividade que lhes pode permitir inventar objectos e produtos que são radicalmente novos, que não são apenas um facelift de alguma coisa que exista”. E nesse sentido dispor de tecnologia de prototipagem rápida “é essencial, para colocarmos em campo essa abordagem ao design. No fundo encarando aqui o design como criação, projecto e concepção”. Para além disso, o desenvolvimento deste tipo de competências nos estudantes “permite-lhes trabalhar, não só como designers, mas também como criativo”, garante o mesmo.
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