Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 421 de 2008-02-19 |
Estão cada vez mais em voga as histórias sobre sociedades secretas, movimentos sigilosos e todo um leque de sociedades misteriosas. A curiosidade social por este tipo de estruturas tem levado um crescente número de escritores a basearem as suas obras nestes mesmos movimentos.
O mercado vem sendo assim inundado de tudo um pouco. Para além das mais variadas abordagens a estes movimentos, há também que considerar o amplo espectro qualitativo das obras que vai desde o medíocre até ao excelente. E é precisamente no topo dessa escala que se coloca a obra de Ignacio del Valle.
Este escritor natural de Oviedo, que reside actualmente em Madrid começa agora a ser traduzido para a língua de Camões. A primeira obra deste galardoado, a chegar ao nosso Pais, é “O tempo dos imperadores estranhos”. Trata-se de um romance que tem como palco um batalhão de soldados espanhóis que combatiam numa das frentes de Leninegrado.
Em pleno Inverno de 1943, no meio de um cenário dantesco, um grupo de soldados descobre o corpo de um milhar assassinado de forma macabra e com a inscrição “Mira que te mira Dios”. É o início de uma série de crimes, tão brutais como desconexos. É o ponto de partida para uma aventura onde se vão desvendar escuros jogos de poder e de rituais maçónicos em pleno campo de batalha.
Através de uma escrita descritiva bastante laboriosa, o escritor consegue prender o leitor ao desenrolar do enredo, mas também relatar alguns factos históricos verídicos. O autor chega com esta obra às livrarias portuguesas depois de, com este título, ter conseguido o Prémio de la Crítica de Astúrias, o Prémio Libro com Huella e uma menção especial do Prémio Dashiell Hammett. Os seus contos foram já galardoados com mais de 40 prémios.
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