Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 416 de 2008-01-15 |
Segunda sessão da UBIRIS
Dois docentes da Universidade da Beira Interior (UBI) constroem a maior base de dados biométrica do mundo a partir dos olhos dos estudantes, docentes e funcionários.
> Liliana AlexandreDe 7 a 18 de Janeiro está a decorrer no Laboratório SOCIA do Departamento de Informática da UBI, a construção de uma base de dados biométrica com imagens de íris .
A ideia deste projecto denominado UBIRIS nasceu em 2003 com o doutoramento de Hugo Proença orientado pelo professor Luís Alexandre , docente do Departamento de Informática. Juntos decidiram optar pela área do reconhecimento biométrico. “Ao verificarmos as mínimas taxas de erro que este tipo de sistemas já alcançam, optou-se por tentar aumentar a sua robustez”, afirma Hugo Proença. Começaram por construir uma base de dados que possibilitasse a realização de experiências no domínio do reconhecimento da íris em imagens ruidosas. “A base de dados foi um sucesso, uma vez que foi utilizada por mais de 700 investigadores e laboratórios oriundos de 75 países”, acrescenta. De acordo com Hugo Proença, docente no Departamento de Informática, o objectivo final é “implementar um sistema de reconhecimento automático oculto, isto é, um sistema fiável que identifique indivíduos à distância sem que estes se apercebam”.
Actualmente, o reconhecimento biométrico pela íris, já é usado em sistemas que requerem elevados níveis de segurança. Segundo Luís Alexandre, este reconhecimento através da íris “é muito mais seguro e fiável que o das impressões digitais, que são facilmente falsificáveis". Assim, “poderemos prever que a íris, como característica biométrica, possa vir a ser cada vez mais utilizada pois dá mais garantias de segurança que outras abordagens como a impressão digital, o reconhecimento de voz ou de face”, conclui.
O sorteio de um PDA foi uma forma de incentivar na participação na iniciativa pois o sucesso depende da de um grande número de participações. Em cada sessão são tiradas 15 fotografias em condições de iluminação diferentes, a fim de aumentar a complexidade do reconhecimento à zona envolvente dos olhos de cada pessoa.
Esta é a segunda versão do projecto, porque na primeira foram detectadas algumas insuficiências por peritos internacionais. De acordo com os docentes, a adesão à primeira sessão foi significativa mas não surpreendeu. “Tivemos 241 pessoas mas, sinceramente, esperava bastante mais, até pelo incentivo do prémio”, comenta Hugo Proença. Nesta segunda sessão a expectativa é grande. “Esperamos que as pessoas que vieram à primeira sessão compareçam à segunda, pois sem os dados das duas sessões, as contribuições não podem ser usadas na UBIRIS”, afirma Luís Alexandre.
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