Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 415 de 2008-01-08 |
Água privatizada no Fundão
A Assembleia Municipal aprova a concessão da exploração e gestão da água de consumo público. A oposição vota contra e teme pela subida da facturação para os consumidores.
> Notícias da Covilhã“A água não é um produto qualquer”. Foi com base nesta ideia que a bancada da CDU, liderada pela deputada Lurdes Figueira, votou, na última Assembleia Municipal do Fundão, contra a concessão da exploração e gestão da água de consumo público e de drenagem de águas residuais do concelho do Fundão. Toda a oposição votou contra, o socialista Nuno Baltazar Mendes chegou a pedir um referendo sobre a matéria, mas a maioria social-democrata acabou por viabilizar esta concessão de serviços.
Segundo o presidente da Câmara, Manuel Frexes, a privatização da água começou “há 10 anos” com a entrega da rede em alta à Águas do Zêzere e Côa, e como este é um assunto em que “estamos a ser empurrados pelas movimentações da Águas de Portugal”, esta concessão acaba por surgir por forma a salvaguardar o património do concelho e aumentar a qualidade do serviço aos munícipes. Frexes diz que as condições do concurso “impõem” um sistema progressivo do tarifário adequado, que nunca será superior à inflação e que assim haverá uma melhoria da rede. Quanto aos funcionários da autarquia, no sector, serão transferidos para a empresa e “não perderão qualquer regalia”.
Mas a oposição teme por esta concessão. Lurdes Figueira acredita que, a maior ou menor prazo, “haverá subida da facturação”, com uma discriminação positiva de grandes consumidores industriais em detrimento dos “pequenos consumidores domésticos, exclusão dos que não podem pagar e degradação das zonas menos rentáveis”.
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