Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 414 de 2008-01-01 |
Acredito que, em 2007, o acontecimento mais importante para a Covilhã foi a oferta que a Câmara Municipal fez aos covilhanenses no Dia da Cidade: o anúncio da requalificação do Teatro-Cine, com tudo o que isso representa de potencial aglutinador do interesse dos covilhanenses na animação e afirmação do centro urbano da cidade.
De resto, formular neste princípio de ano ambições e expectativas, sendo um exercício de confiança e esperança no futuro, não pode deixar de ser igualmente um revisitar de tantos outros formulados em textos e declarações de anos anteriores, que apesar de tudo se mantêm como parte de uma espécie de tortura da esperança de um povo merecedor de realidades prósperas e objectivas.
Assim sendo, apesar de parecer ser mais politicamente correcto, acrescentar ideias, sugestões e expectativas novas e quanto mais eruditas melhor, não pretendendo ser minimalista mas antes realista, confesso que a minha maior expectativa será a de ver concretizados metade dos projectos e iniciativas já referidas ou em curso, monitorizando e avaliando o grau de execução como forma de auto responsabilização colectiva.
Ainda assim, gostaria de destacar duas das maiores expectativas formuladas para 2008 e eventualmente seguintes;
Recuperação e dinamização dos centros urbanos enquanto parte integrante e estruturante de uma cidade região que se pretende afirmar neste Centro interior, referindo que foram dados passos importantes na afirmação da região centro de Portugal, contudo será o momento de formular uma visão transversal da mesma, reveladora de assimetrias diversas que importa nivelar, obviamente por cima;
Promover um debate sério de cidadania participada, pilar essencial para um modelo de governança desejável em democracia, numa sociedade cada vez mais do conhecimento, contrariando a tendência de afirmação de uma espécie de despotismo esclarecido, que demite o cidadão das suas responsabilidades, e que parece persistir inscrever-se nos anais da historia como forma de governar e exercer o poder local.
Gostaria ainda de desejar votos de sucesso para o ano de 2008 a todas as organizações e especialmente a cada cidadão da Beira Interior, lembrando que a cidadania é demasiado séria para ser vivida só pelos outros.
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