Bragança, o Natal mascarado

Este ano, a cidade de Bragança recupera algumas tradições da região. A neve também apareceu para alegrar a época de natal.

A um mês do Natal, a cidade de Bragança acolheu um evento que remonta às tradições antigas da região – o Mascararte. Durante duas semanas, os “caretos” e os “chocalhos” encheram a cidade. O objectivo é trazer de novo para a região, rituais antigos como a “Festa dos rapazes”. Estas tradições estão a ser actualmente recuperadas com a abertura do Museu Ibérico da Máscara e do Traje na cidade. O ciclo de exposições e de animações de rua, incluídos no Mascararte, finalizaram na noite de 15 de Dezembro com a queima dos “mascaretos”. Uma tradição frequentemente usada noutra época festiva, o Carnaval, e que consiste em queimar os bonecos para simbolizar o final da folia.
Mas não só de máscaras transmontanas vive o Natal brigantino. Este ano, a câmara municipal apostou também noutra iniciativa: um concurso de pais Natal. Desta vez, o objectivo foi juntar o maior número de pais Natal no centro da cidade e eleger os dez melhores. No passado sábado, miúdos e graúdos vestidos de Pai Natal palmilharam a cidade durante todo o dia. Uma iniciativa inédita, porque pela primeira vez, o concurso é de pais Natal e não de presépios. Uma das características do natal de Bragança era sobrevalorizar o presépio à figura do Pai Natal.
A cidade também teve direito a outro presente antecipado, que alegrou muitos brigantinos. No passado dia 18, um manto branco cobriu a região, o que para surpresa de muitos.”Moro cá há 14 anos e nunca tinha visto nevar em Dezembro” revela Alcide Ramos, uma habitante local. A neve veio completar o cenário da cidade,  já estava repleta de luzes de Natal. Mas a preferência dos habitantes continua a ir para o presépio luminoso que foi montado no centro.
Este ano, a comunidade brigantina pode ususfruir de uma vasta animação natalícia, pois que em anos anteriores apenas se realizavam concertos de Natal . Com iniciativas como o Mascararte e o concurso de pais Natal, a cidade vira-se para as suas raízes e introduz na cidade novas tradições vindas do exterior.