Carlos Xistra: o novo árbitro internacional de Portugal

Era o sonho pretendido há muito, pelo árbitro covilhanense. Carlos Xistra, em 2008, será árbitro internacional. O que quer dizer que, em breve, poderá apitar jogos da Taça UEFA ou Liga dos Campeões. Mais um passo na carreira do árbitro covilhanense, aos 33 anos.

Quando, em Junho, Carlos Xistra soube da sua classificação, em termos de arbitragem nacional, o sonho de ser árbitro internacional, que perseguia há algum tempo, ficou mais perto. O juiz covilhanense ficara em oitavo lugar e, por isso, no Verão, acalentava a esperança de poder vir a ser designado árbitro internacional. Para tal, bastaria que a FIFA mantivesse nove árbitros internacionais a Portugal. Assim sendo, um desses lugares seria seu.
Na passada quinta-feira, o desejo de Carlos Xistra tornou-se realidade. A FIFA confirmou os nove lugares a Portugal, e tendo em conta que Paulo Paraty já tinha ultrapassado o limite de idade para ser internacional, a vaga abriu-se para Carlos Xistra. Que a partir de Janeiro, altura em que deverá receber as insígnias, já poderá apitar jogos da Taça UEFA ou, quem sabe, da competição maior em termos de clubes europeus: a Liga dos Campeões.
O árbitro covilhanense, que pertence aos quadros da Associação de Futebol de Castelo Branco, ascende assim mais um degrau no percurso iniciado em 1992. Aos 33 anos, Carlos Xistra é já árbitro de primeira categoria desde 1999 e já por quatro vezes (esta foi a quinta) tinha sido indicado para fazer parte dessa elite da arbitragem mundial, onde só chegam os melhores.
Assim, em 2008, para além do árbitro covilhanense, serão internacionais Lucílio Baptista, Pedro Proença, Jorge Sousa, Olegário Benquerença, João Ferreira, Bruno Paixão, Duarte Gomes e Paulo Costa.
Esta época, Carlos Xistra já apitou seis jogos da Primeira Liga, quatro na Liga de Honra, e dois na Taça da Liga. Esteve na vitória do Sporting, em casa, frente ao Belenenses, na derrota dos leões em Braga e, na Taça da Liga, na eliminação do Porto em Fátima.
Em declarações à RCB, o árbitro já reagiu a esta subida a internacional. Um objectivo que “há dois três anos que perseguia”, tendo em conta a idade que tem e as classificações obtidas, que chega agora e que é, para Carlos Xistra, o “chegar ao topo, ao cume da pirâmide”, agradecendo a todas as pessoas que o ajudaram nestes já 14 anos de carreira.
O árbitro covilhanense salienta o facto de, para o distrito, ser “mais um passo para história”, pois a arbitragem distrital nunca tivera ninguém num patamar tão elevado, sentindo-se “orgulhoso por representar assim a minha cidade e região”, mas “sem viver agarrado a isso. Vou ter que continuar a trabalhar para elevar ao máximo o nome da Covilhã, do distrito e de Portugal. ” Até porque, frisa, “chegar ao topo, como alguém disse, é fácil, manter é que é difícil”, pois “são poucos os que têm este privilégio”.