Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 412 de 2007-12-18 |
“À Descoberta do Novo Mundo” em Belmonte
Viagem de Pedro Álvares Cabral é tema central na única estrutura física em Portugal sobre a epopeia marítima dos portugueses.
> Inês SaraivaO futuro museu de Belmonte, intitulado “À Descoberta do Novo Mundo”, proporcionará aos seus visitantes «uma autêntica aula de História», garante o presidente da Câmara, Amândio Melo. O novo equipamento disponibilizará 16 salas que retratarão, de forma interactiva, a epopeia dos Descobrimentos, assumindo assim uma função pedagógica e de valorização da história de Pedro Álvares Cabral, da sua viagem para o Brasil e dos restantes feitos marítimos dos portugueses. O espaço também evocará o passado de Belmonte, classificada como Aldeia Histórica. O município acredita que este será, «sem dúvida», um espaço com um grande valor cultural, onde estará realçada uma história com mais de 500 anos. O museu permitirá aos visitantes viajarem até ao século XV e reviver a viagem de Pedro Álvares Cabral, além de abordar todo o processo dos Descobrimentos através da caracterização da sociedade, cultura e economia portuguesas naquele tempo.
O Centro de Interpretação “À Descoberta do Novo Mundo” irá desenvolver-se em três níveis num edifício que está a ser construído de raiz na envolvente do Solar dos Cabrais. O custo da obra está estimado em 2 milhões de euros, financiados em 70 por cento pelo programa das Aldeias Históricas, sendo o restante suportado pela autarquia.
Quem embarcar nesta viagem vai começar por ver a evolução de Belmonte e Lisboa do século XV até à actualidade. Os visitantes terão ainda a oportunidade de saber como foi preparada a Armada para a viagem até à Índia ou viver a chegada de Pedro Álvares Cabral a terra firme, do outro lado do oceano. Serão também retratados alguns aspectos relacionados com o clima tropical e a biodiversidade brasileira, bem como a relação entre os seus diversos povos e a consequente miscigenação, sem esquecer as referências musicais e a cultura do Brasil. Tudo isto especificidades de um «museu vivo», promete Amândio Melo. O autarca conta, sobretudo, com os turistas brasileiros, que «não deixarão passar a oportunidade de visitar este museu e de descobrirem a história que une os dois países». «A vila e o sector económico notarão muito a chegada dos turistas. Com uma obra desta dimensão, Belmonte tornar-se-á uma paragem obrigatória em termos de turismo cultural», sublinha Amândio Melo, anunciando que, com este investimento, a Câmara encerra o ciclo de construções de museus temáticos.
Belmonte tem vindo a percorrer um longo caminho no turismo Cultural, prova disso são os três espaços museológicos que a vila tem já à disposição dos visitantes, o Museu Judaico, o Ecomuseu do Zêzere, o Museu do Azeite e os Museus do Castelo de Belmonte, que ainda se encontram em fase de instalação e será composto por um conjunto de salas museológicas dedicadas à História do Município de Belmonte, de Pedro Álvares Cabral, da Família Cabral e do Brasil. Se tudo correr como previsto, o equipamento dedicado aos Descobrimentos estará pronto no final do próximo ano.
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