Voltar à Página da edicao n. 411 de 2007-12-11
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
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Faculdade de Ciências da Saúde

Sexualidade e abusos infantis em debate na UBI

Entre 5 e 7 de Dezembro estiveram na Covilhã grandes nomes da pedopsiquiatria e outros ramos conhecedores dos problemas das crianças no mundo

> Igor Gonçalves
> André Gonçalves

O tema do encontro foi a “Sexualidade na Infância e Adolescência” e os locais escolhidos foram, o auditório do Hospital Pêro da Covilhã, no primeiro dia, dedicado à realização de workshops e o grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI nos dias 6 e 7 que foram dedicados a debates de aspecto psicológicos e psiquiátricos.

O dia 6 ficou marcado pela participação da primeira mesa, no qual Jean Yves Hayaz, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Louvain, também psiquiatra da Infância e Adolescência da Cliniques Universitaires Saint-Luc em Bruxelas e membro integrado no comité científico da revista Neuropsychiatrie de l´Enfance et de l´Adolescence, foi o conferencista principal com uma exposição de cerca de uma hora cujo tema foi “Os caminhos da Sexualidade Infantil”.

O dia 7 teve como ponto alto as duas mesas da tarde. O primeiro tema abordado foi “Em Defesa das Crianças”, por Einar Helander , consultor da Organização das Nações Unidas (ONU), ex-membro do Banco Alimentar e que conta com uma experiência em mais de 131 países ao longo de uma carreira de 35 anos, a sua exposição foi sobre a quantidade de crianças que são vítimas de abusos, tanto físicos como psicológicos e sexuais, no mundo. Os “números” iam saindo da boca de Helander à medida que o auditório ia tomando uma consciência cada vez maior do que de facto se passa com as crianças no nosso planeta. O orador apresentou um “Plano para prevenir”, ouviu e debateu as questões que o público apresentou e foi comentado por Augusto Carreira, pedopsiquiatra em Lisboa, este corroborou o conferencista e aproveitou para acrescentar algumas das suas preocupações dentro deste assunto. O facto de há muito tempo não haver em Portugal uma investigação séria nesta área, a questão da falta de pessoas nos grupos de trabalho para prevenir estas situações e a apropriação do sofrimento das pessoas por parte dos media que, “só servem para conquistar audiências”.

Na segunda mesa esteve presente José Maria Rosa, professor na área de filosofia na Universidade da Beira Interior doutorado em filosofia da idade média, como conferencista. Este professor apresentou o tema “As Rosas do Adro: Metamorfoses do Amor Cortês”. A sua abordagem foi na verdade uma contextualização histórica do que é o amor desde a idade média até à actualidade numa sociedade altamente sexualizada. Júlio Machado Vaz, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, aproveitou o discurso de José Rosa e num tom mais divertido falou eloquentemente no “Amor Romântico”, uma abordagem mais moderna do que é o amor e as relações entre as pessoas no presente. Entre palavras-chave como publicidade, cinema, as duas faces da moeda e desritualização, contou histórias, fez rir e concluiu evidenciando a importância da descendência.


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Data de publicação: 2007-12-14 12:31:31
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