Campanha “Alimente” esta iniciativa

Na passada semana decorreu a campanha de Natal de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira (BACB). As grandes superficies comerciais foram os locais escolhidos para receber esta iniciativa, no decurso da qual foram recolhidas cerca de 33 toneladas de alimentos.

“Bom dia! Somos do Banco Alimentar Contra a Fome! Quer contribuir para esta causa?” É desta forma que os vários voluntários do Banco Alimentar abordam as pessoas, em mais uma campanha de recolha de alimentos. A iniciativa decorreu no passado fim-de-semana em 26 espaços comerciais de Belmonte, Covilhã, Tortosendo, Fundão, Guarda, Seia, Gouveia e São Romão, que se uniram a esta causa.
O BACB tem desenvolvido uma actividade notável, mantendo a ideia de ajudar quem precisa aproveitando e canalizando bens alimentares que de outra forma seriam desperdiçados. Assim, os carrinhos de compras junto às entradas encheram-se de vários produtos como leite, óleo, azeite, enlatados, grão, massa, arroz, bolachas, etc. A campanha mobilizou cerca de 500 voluntários que recolheram as contribuições.
De acordo com dados fornecidos pelo site do BACB, durante dois dias aquela entidade angariou 33 toneladas de alimentos. Em declarações ao jornal “Diário XXI”, Ricardo Alves, presidente da instituição, refere que a campanha "registou um decréscimo de 15 por cento" comparativamente ao período homólogo. "As pessoas surgiram muito retraídas, talvez devido a problemas económicos, mas mesmo assim foram solidárias", afirma o responsável. O Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira esperava alcançar as 35 toneladas de alimentos nesta campanha, que ainda assim não seriam suficientes para englobar todas as carências da região. Os alimentos recolhidos destinam-se a apoiar 3.000 pessoas da zona, das 36 Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas e que pedem ajuda à entidade.
As populações mais carenciadas como de Pinhel e Manteigas também beneficiam desta ajuda do BACB, embora nestes concelhos não seja efectuada recolha de alimentos.
Para além da diminuição das contribuições, o BACB não consegue dar resposta a todas as entidades que solicitam o seu apoio. Segundo Ricardo Alves, "há seis instituições que efectuaram pedidos e às quais não conseguimos dar resposta", afirma. "O que temos poderíamos dividir por todas, mas seria tão pouco para cada uma delas que preferimos esperar por melhores dias para satisfazer os pedidos", sustenta.
Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram no país um total de 1.659 toneladas de géneros alimentares, em 973 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Portalegre, Porto, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima , S.Miguel e Oeste.
Os alimentos recolhidos serão distribuídos a 1.330 Instituições de Solidariedade Social num universo de 219 mil pessoas, com carências alimentares comprovadas.