Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 411 de 2007-12-11 |
Covita rejeita “politiquices” nos Produtores Florestais
A expectativa quanto aos resultados das eleições para os órgãos sociais da Associação de Produtores Florestais do Paul levou alguns populares para a porta da sua sede social. O acto eleitoral decorreu dentro da normalidade e António Covita foi reeleito, derrotando Carlos Ramos da Lista B.
> Notícias da CovilhãDurante o processo eleitoral as duas candidaturas não se inibiram de trocar a acusações entre si criando alguma polémica em torno desta eleição dos órgãos sociais da Associação de Produtores Florestais do Paul (APFP) para o quadriénio de 2007 / 2011.
De um lado, afirmava-se de má gestão e despesismo entre outras acusações encabeçadas por Carlos Ramos que liderava a Lista B, enquanto a lista A liderada por António Covita, desmentia e apelidava de irresponsabilidade as acusações que vieram a público. A verdade, é que todo este clima de controvérsia criou uma natural expectativa na comunidade paulense, até porque não há memoria nesta vila uma associação ter duas listas a candidatarem-se para gerir os seus destinos.
Não foi por isso de estranhar que alguns populares passassem pela Rua do Fundo Povo, onde se localiza a APFP, para se inteirarem como estava a decorrer o acto eleitoral que teve lugar no passado dia 11 de Novembro. Pouco passava das 17 horas, quando António Covita deixava escapar a palavra “ ganhámos”. De facto, a lista A liderada por António Covita, sagrou-se vencedora das eleições onde votaram 43 sócios, dos quais 27 na Lista A e 16 na Lista B, liderada por Carlos Ramos, que vê assim gorada a possibilidade de liderar esta associação.
Ao final da tarde, o vencedor das eleições, há largos anos a presidir a direcção da APFP, era um homem satisfeito por ter sido reeleito. "Agora é tempo de trabalhar. Contudo, tenho consciência que é preciso recuperar desta convulsão e continuar o bom trabalho desenvolvido na associação" garante o presidente da direcção da APFP,
Quem não estava nada satisfeito era Carlos Ramos. “Não tivemos acesso à lista de sócios, estatutos e outros documentos que tínhamos o direito de ter connosco e que podiam ajudar a contactar os sócios. Logo à partida, esta era uma lista com poucas hipóteses de ganhar este acto eleitoral” esclarece o candidato da lista B que de seguida acrescenta: “Não vamos baixar os braços e por isso vamos acompanhar de perto esta associação. Mas reitero aquilo que disse. O que aqui se passou foi muito grave. Agora vamos ponderar e reflectir sobre esta experiência e logo vemos qual será o rumo quanto ao futuro” assevera Carlos Ramos.
Ainda com as emoções “ à flor da pele”, António Covita, defendia-se e passava ao contra-ataque. “ Então o candidato da lista B assinou uma acta dos cadernos eleitorais e diz que não teve acesso a eles? O que o outro candidato veio trazer para esta associação foi a instabilidade e passou uma imagem pública muito negativa desta associação, falando de números e de um passivo que não correspondem à realidade”.
Questionado sobre a eventualidade de uma impugnação do acto eleitoral, Covita afirma que “ isso é um problema dele, estou tranquilo. Mas se fosse caso disso quem tinha razoes para proceder assim era eu, justamente porque os Estatutos desta casa não permitem que sejam sócios quem não é produtor florestal ou esteja a gerir algum terreno florestal, como é caso do outro candidato” clarifica António Covita.
Numa perspectiva de futuro, o novo presidente da direcção da APFP, prioriza as directrizes: “Primeiro tenho de juntar os “ cacos” e voltar a por a funcionar esta associação que vai apostar em consolidar os diversos projectos que traz em marcha. Mas a aposta de futuro são as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF). Esta associação tem em candidatura a maior ZIF do País em zona de minifúndio que abrange uma área aproximada de 10 mil hectares confinados às populações de: Casegas, Paul, Barco e Coutada” salienta António Covita.
Mais calmo, o novo presidente, sublinha ainda que “não estou nada surpreendido com o resultado destas eleições, pese embora, o PSD local estar por de trás desta tentativa de apoderar-se da APFP. O trabalho desenvolvido está à vista e muitos dos nossos sócios sabem bem que fazer quatro mil hectares de floresta devidamente compartimentados e plantados, cem quilómetros de caminhos abertos e beneficiados, cerca de quarenta hectares de limpeza de matos e além disso ter uma rede viária com as suas laterais limpas, que é melhor maneira de combater fogos florestais, é um orgulho para esta associação que é a única do País que tem esta área agrupada numa zona de minifúndio e que não quer a politica dentro dela” conclui o homem que por mais quatro anos vai gerir a Associação de Produtores Florestais do Paul.
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