Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 411 de 2007-12-11 |
“Sawdust” – The Killers
Na linha da frente das bandas do novo rock, os The Killers caíram no erro do mainstream com o álbum “Sam’s Town”. Contudo, e depois de massacrados pela crítica, voltam às origens com “Sawdust”, como que numa tentativa de se redimirem perante a música.
> Fabio PereiraNa vida nem tudo sempre sai bem, e aos The Killers o álbum “Sam’s Town” serviu bem de exemplo. Apostaram mal, não fossem eles de Las Vegas, e perderam os créditos conquistados perante a crítica musical, depois de caírem no erro de fazerem música para a grande máquina editorial e não para os apreciadores da real música que levaram a banda aos céus depois de “Hot Fuss”, o álbum de estreia dos The Killers.
“Sawdust” é pedrada no charco e o retorno da banda norte-americana às origens do seu novo rock que marcaram o ouvido, depois das longas horas passadas a deliciarmo-nos com as canções de “Hot Fuss”. São lados b e covers é verdade, mas o importante é que os The Killers perceberam o seu erro e decidiram voltar a trás para retomar o caminho da música que conquistou o coração e admiração dos apreciadores de boa e real música.
Quem não se lembra de “Mr. Brightside” ou de “Somebody Told Me”, algumas das emblemáticas canções que componham o tão adorado “Hot Fuss”. Um álbum com sonoridades de Depeche Mode, The Smiths, ou mesmo, The Cure, que agora voltam a invadir o nosso ouvido através de “Sawdust”.
É ao embalo de “Shadowplay”, uma versão da banda de Brandon Flowers para um original dos Joy Dision, música que faz parte da banda sonora do filme “Control”, que a linguagem power pop fresca e espontânea volta a ser visível num álbum dos The Killers. Contudo, a verdadeira alma dos norte-americanos Killers encontra-se nos lados-b dos singles de “Hot Fuss”, como “Sweet Talk” ou “Where The White Boy Dance”.
A verdade é que “Sawdust” é o álbum do retorno Killers às origens, e que as nossas expectativas não saíram furadas. A confirmar isso, vem o soberbo dueto com Lou Reed, com o qual se inicia o álbum. Agora só nos resta esperar por mais, e, enquanto isso não acontece ouvir vezes sem parar aquela que é a real música.
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