Voltar à Página da edicao n. 410 de 2007-12-04
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Passados vários anos e a situação da Eres ainda não está resolvida

Ex-trabalhadoras da Eres pedem intervenção do Governo

As antigas trabalhadoras da fábrica de confecções Eres ainda com indemnizações por receber pedem a intervenção do secretário de Estado da Segurança Social para desbloquear as verbas em falta.

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Num plenário realizado na noite da última sexta-feira, 23, que lotou o anfiteatro da Escola Secundária do Fundão, as antigas funcionárias da Eres decidiram enviar uma exposição a Pedro Marques sobre o caso, documento em que também exigem a sua intervenção para resolver o processo.
A fábrica encerrou em 2002 e apenas quem trabalhava na unidade há poucos anos recebeu a totalidade do que lhe era devido. Na sequência de um recurso apresentado pelo Sindicato Têxtil, o Tribunal da Relação de Coimbra deu razão às funcionárias, decidindo que o dinheiro resultante da venda das instalações deveria ser-lhes entregue. Entretanto o Fundo de Garantia Salarial (FGS) interpôs novo recurso por não concordar, o que vai novamente adiar o encerramento do processo.
Já na última quinta-feira o presidente do Sindicato Têxtil, Luís Garra, tinha defendido a intervenção do secretário de Estado da tutela para exigir que o recurso seja retirado, de forma a que o liquidatário judicial pague às antigas funcionárias da Eres. “Era a maneira do governo os meter na ordem. Era uma atitude política inteligente, de salvar a face perante muitas das 470 trabalhadoras, grande parte ainda no desemprego”, sublinhou o sindicalista.
Luís Garra explicou ainda que o Fundo de Garantia Salarial tem agora 30 dias para alegar. Ou seja, dizer porque é que recorre. Se o recurso for admitido, o sindicato terá de responder.
“Com mais esta atitude jurídica, o Fundo de Garantia procura adiar o pagamento. No entanto, isto só acontecerá se o liquidatário for conivente com o Fundo, já que, legalmente, nada o impede de pagar”, frisa a estrutura sindical.
Questionado pela Lusa, João Carvalho, o liquidatário judicial indicado pelo tribunal, disse que “o pagamento só pode ser feito quando houver uma decisão”, depois do recurso do FGS, para precaver um cenário em que o Supremo Tribunal “venha dizer o contrário”.


Passados vários anos e a situação da Eres ainda não está resolvida
Passados vários anos e a situação da Eres ainda não está resolvida


Data de publicação: 2007-12-04 00:00:00
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