Voltar à Página da edicao n. 410 de 2007-12-04
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A empresa deixa no desemprego 53 pessoas

Confecção deixa 53 pessoas desempregadas

O Natal deste ano, para as 53 trabalhadoras das Confecções Dergui, afigura-se bem amargo. O Ministério do Trabalho, na semana passada, selou as portas desta unidade fabril em processo judicial, resultante de dívidas que ascendem a 30 mil euros. Na terça-feira, os operários ficaram a saber que é fecho é definitivo.

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A instabilidade de uma empresa de confecções localizada na vila, que nos últimos anos já tinha conhecido várias designações e que nos tempos áureos era conhecida por Texrebe, chegando a ter mais de duas centenas de trabalhadores, não seria uma surpresa maior para a comunidade paulense nem tão pouco para as trabalhadoras da agora designada Confecção Dergui. Por isso, quando a noticia correu célere que o Ministério do Trabalho e a GNR tinham selado, na passada semana, esta unidade fabril, resultante de execução de dívidas na ordem de 30 mil euros, não apanhou ninguém desprevenido e muito menos incrédulo.
Segundo o relato, de algumas das 53 trabalhadoras desta unidade fabril já não era a primeira vez que apareciam “ uns senhores” e levavam uma máquina ou outra mas depois tudo voltava à “normalidade”. Só que na manhã do dia 20 de Novembro, a situação era diferente. “Chegaram uns senhores e começaram a levar as coisas e inclusivamente começaram a carregar as calças que estavam na linha,” relata Fátima Martins, acrescentando de seguida: “Nós já sabíamos que qualquer coisa se iria passar, porque sabíamos dos problemas financeiros e da execução de uma penhora. O que não estávamos a contar era com o encerramento assim tão repentino. Para nós tornou-se claro se levassem as calças a empresa iria ficar sem dinheiro para nos pagar, até porque na semana anterior já tínhamos feito greve para reivindicar o pagamento do mês de Outubro.” Neste momento, quanto aos pagamentos o que está em atraso “é o subsídio de ferias, parte do subsídio de Natal e o vencimento deste mês” esclarece esta costureira especializada.
Fátima Martins, nos últimos 21 anos, trabalhou nesta empresa, mas começou a sua vida activa na antiga Texrebe. “Quando passámos da Texrebe para A C& B, assinámos contrato e foi-nos garantido que não perdíamos nenhum direito. Mas depois fomos transitando para as outras empresas sem assinarmos mais nada. Agora não sabemos se formos prejudicadas com estas mudanças. Os responsáveis da empresa ou alguém que os represente deviam falar connosco e explicaram-nos a situação, mas infelizmente ninguém disse nada” lamenta Fátima Martins, que agora com um filho de tenra de idade não sabe como vai ser a sua vida em termos de futuro.


A empresa deixa no desemprego 53 pessoas
A empresa deixa no desemprego 53 pessoas


Data de publicação: 2007-12-04 00:00:00
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