Casa Azul vai a votos

A corrida para a presidência da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) já começou. O “frente-a-frente” entre Rui Garcia e Luís Fernandes, os dois candidatos, revela as principais ideias que cada um tem para a sua futura presidência. O Urbi@Orbi adianta os traços mais marcantes de cada lista.

A luta pelo lugar cimeiro na presidência da AAUBI começou no passado dia 29 de Novembro. Os dois adversários, Rui Garcia, estudante de Design Multimédia e Luís Fernandes, de Economia, têm como principal objectivo quebrar a barreira entre os alunos e a associação.
O cavalo de batalha de Rui Garcia é “voltar a fazer com que a Recepção ao Caloiro e a Semana Académica sejam organizadas pela AAUBI, sem que haja qualquer tipo de parceria”.
Em relação às ideias fortes para um possível mandato, o estudante de Design Multimédia pretende acabar com as quezílias entre os alunos, associação, reitoria e câmara municipal. O meio vital, para Rui Garcia, é “transmitir a ideia de que a associação está presente. Os núcleos são a mais-valia de todos os departamentos”, continua, e por isso o candidato da lista T promete o apoio logístico e financeiro da associação, desde que “os núcleos apresentem boas propostas para que assim haja uma boa planificação dos eventos e para que a própria associação saiba o que é feito pelos núcleos”. A lista vencedora vai ter como tarefa vital tratar da relação “agridoce” com a reitoria e por isso Rui Garcia refere a necessidade de acabar com imagem de que a AAUBI “é uma comissão de festas”. A associação deve ser entendida “como a representante dos alunos e como veículo de transmissão do bom nome da universidade, quer na região, quer fora dela". O estudante que encabeça a lista T compara toda a academia a uma família, e por essa razão refere não estar "contra ninguém", mas também não pretende "vergar perante a reitoria" em situações com as as quais discordam. Desta forma, o candidato afirma que “as desavenças têm que ser resolvidas com maturidade e responsabilização tanto da academia como da reitoria.”Quanto às entidades da cidade, Rui Garcia, promete uma relação “muito ponderada e pensada”, visto que, segundo o candidato da lista T, “o relacionamento com a Câmara Municipal da Covilhã está complicado" e com o governo civil não faz a mínima ideia de como será. Contudo, serão situações que terão de ser resolvidas devido à eterna questão de que “a UBI é o motor económico de toda uma cidade”. Nas palavras do candidato “a academia é o pólo de animação, quer a nível cultural, social, nocturno e de tudo. A prova disso é a nossa latada que envolve toda a cidade”, refere. “Por esta mesma razão, temos de ter, novamente, o carinho da sociedade civil, porque só assim teremos algum apoio desta mesma sociedade, visto que somos o motor de desenvolvimento desta região devemos ser respeitados como tal”, conclui o candidato.
Luís Fernandes, o líder da lista K, é o segundo candidato à “Casa Azul”. Pretende promover as suas ideias referindo como base o “acordar das massas adormecidas”. As ideias fortes deste candidato passam por trazer à própria cidade o desenvolvimento das ideias da actual associação e continuar com projectos como o PROCTU e o ArtCore. Para o estudante de Economia, há que tratar de temas urgentes “como o facto de existirem duas épocas distintas de exames, às quais os ubianos não podem aceder em simultâneo”. Fernandes acrescenta que “deve existir uma melhor eficiência por parte dos serviços académicos para que melhor possam servir os alunos.”O ponto base para o líder da lista K é o facto de os “alunos pensarem que depois de saírem da academia nada mais importa, contudo somos nós que levamos o nome da universidade para o exterior.”
Luís Fernandes pretende apelar à consciência de toda a academia e da Câmara Municipal da Covilhã, para a sector que puxa pela região, que outrora era a o têxtil, mas que agora é o Ensino Superior. A ideia do candidato é tentar um melhor apoio das entidades vitais para uma boa associação quer a nível financeiro como a nível logístico.
Para o líder da lista K, os valores essenciais para um bom presidente é “o poder de decisão, mesmo que por vezes não seja a melhor opção temos que estar seguros na nossa decisão e essencialmente, delegar funções. Os apoiantes da minha lista são dinâmicos e proactivos, mas eu sei que se eles não conseguirem um bom trabalho onde estão tenho que lhes delegar uma nova função.” Segundo Luís Fernandes, “é necessário saber aplicar os recursos que temos”.Em resposta a como irá lidar com as quezílias para com a reitoria, as entidades municipais e os núcleos, o estudante de Economia afirma que “o diálogo é a melhor opção”, pois segundo o candidato “se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”. Em resposta às críticas de muitos estudantes quanto ao trabalho da associação, Luís Fernandes foi claro na sua intervenção referindo que tentará sempre “uma resposta para todas as críticas.” Quanto à situação financeira da associação, o candidato respondeu, como membro da presidência actual, que “neste momento, as dívidas estão quase todas saldadas”.
O líder da lista K revelou ter muitas mais ideias com o propósito de incutir diversão e cultura em todos os ubianos. Projectos que espera divulgar durante toda a sua campanha. A lista T resume-se ao “trabalho, diálogo e responsabilização”, enquanto que a lista K faz de suas palavras uma lista “proactiva, dinâmica e criativa”. Todos os ubianos têm os olhos postos na sede da AAUBI e aguardam pelo dia 12 de Dezembro, o dia da eleição para saberem o futuro da academia.

> nugomarkes @ gmail . com em 2007-12-06 14:51:20
Não percebo porque um candidato tem foto e outro não. O jornal não tem equidade???? É um reparo