Thorsten, o “nómada”

Thorsten Grütjen é alemão e veio para Portugal há 15 anos, para estudar na escola de circo do Chapitô, em Lisboa. Descobriu apenas com 21 anos a sua vocação para o malabarismo, pois nunca tinha pensado entrar no mundo do espectáculo. Antes de descobrir o seu talento, Thorsten aprendeu as artes de serralheiro tendo posteriormente trabalhado com pessoas deficientes. Durante algum tempo considerou o malabarismo um hobbie, mas depois tornou-se uma actividade viciante.
Aos 23 anos, depois de ler uma notícia num jornal europeu de malabarismo que falava da escola do Chapitô, escreveu uma carta com a ajuda da sua namorada para vir para Portugal. A sua integração foi difícil nos dois primeiros anos “por causa da língua e da cultura”.
“O Chapitô dos anos 90 era um espaço cosmopolita, passava lá muita gente” refere Thorsten. Este espaço de arte circense era um grande foco de cultura e de várias nacionalidades.
Thorsten Grütjen frequentou um circuito de teatro de rua em Itália e fez parte de festivais de circo na Alemanha, Holanda e Eslovénia. Ele caracteriza-se como um “nómada” pois adora viajar, “era bonito ficar em casa e construir família mas acho que a minha vocação é esta” acrescenta.
O artista alemão considera que os espectáculos de rua e os palcos de teatro “são coisas distintas, na rua, eu improviso e o teatro, tem que ser mais organizado” sublinhando que gosta de “trazer um espectáculo de rua para um palco de teatro”, como acontece em “Tosta Mista Show”.