Voltar à Página da edicao n. 409 de 2007-11-27
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Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 
A peça decorreu no Teatro-Cine da Covilhã

Dança enfeitiça público

Sexta-feira passada o Teatro-Cine testemunhou a estreia da peça “A bruxa era muito bonita” dirigida e interpretada pela argentina Cecília Gómez. Uma demonstração em pleno de dança contemporânea inspirada no mundo feminino e onírico dos textos da escritora uruguaia Marosa Di Giorgio.

> Carla Magalhães

“Todos estan vivos. Me protegen. J Jo los quiero.” Estas foram as únicas palavras proferidas pela actriz durante os 35 minutos da peça. A produção do espectáculo foi inspirada na escritora Marosa Di Giorgio que tem poemas femininos e oníricos.
A dança conta a história de uma menina que está num roseiral e que se apaixona por uma bruxa que dança e que é todo o jardim. Tal como está escrito nos panfletos “ E fiquei para sempre junto ao roseiral. Vendo o que a bruxa faria.”
A falta de cenário, a não ser as cadeiras suspensas no palco e a música muito característica da representação transpôs uma simbiose perfeita entre a actriz e o público durante toda a peça. Cecília vive todo o espectáculo através da dança numa relação entre as espécies vegetal, animal, humana e de cariz sexual sem juízos morais.
A argentina interpreta a poesia da escritora uruguaia através da agilidade e mobilidade de todo o seu corpo devido ao seu passado na dança contemporânea e ballet. As actividades de yoga e a estadia numa companhia de circo foram a experiência de uma vida que se revelaram essenciais no momento em que a actriz sobe a uma cadeira suspensa no palco através de dois panos e revela um momento único de dança contemporânea.
Apesar da fraca adesão do público na sexta-feira à noite quem se deslocou ao Teatro-Cine saiu satisfeito, como referiu um membro do público, Paula Patrão, “Não sabia muito bem o que vinha ver, a não ser que não era uma peça de teatro clássica, mas gostei muito do cenário e, principalmente da personagem. Esta peça era poesia sobre pés”
A organização mostrou-se satisfeita com os comentários do público, como foi referido nas palavras de Maria Teixeira, “A ASTA está contentíssima com a categoria da peça, visto ser um espectáculo de dança contemporânea ao mais alto nível”. Neste momento só anseiam que durante os dias 2 e 9 de Dezembro pequenos e graúdos assistam à peça e que saiam desta encenação com uma “sensação de liberdade extrema”, tal como referiu uma estudante de Ciências da Comunicação, Miriam Baronet.
A actividade do grupo ASTA não pára por aqui e já estão a preparar outra peça agendada para Fevereiro de 2008. A direcção e produção da peça conta com a parceria de Rui Pires, membro da companhia e a actriz Cecília Gómez, que mantém quer a história como o nome da peça em suspense.
Para aqueles que anseiam explorar a sua veia artística, Sérgio Novo chama a atenção para a quarta edição do projecto dormitório que está a porta. O tema é a insónia e ainda podem entregar textos em prosa, escrita criativa, fotografias e banda desenhada até o dia 30 de Novembro para o e-mail dormitório@gmail.com.


A peça decorreu no Teatro-Cine da Covilhã
A peça decorreu no Teatro-Cine da Covilhã


Data de publicação: 2007-11-27 00:05:00
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