Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 409 de 2007-11-27 |
Estar onde ninguém quer
Desde a sua fundação que a AMI – Assistência Médica Internacional – tem unido esforços para estar onde ninguém quer estar, enviando ajuda humanitária para os lugares mais esquecidos do mundo, procurando diminuir as carências e o sofrimento das populações vítimas de guerra, catástrofes naturais, epidemias e pobreza extrema.
> Vânia RodriguesPara falar dessas actividades, responsáveis da AMI estiveram presentes na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI no passado dia 14 de Novembro, pelas 15 horas, numa sessão de esclarecimento e informação. O Departamento de Solidariedade Social do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior, MedUBI, foi o mentor desta iniciativa.
Maria Ercília Bilro, enfermeira de profissão, é voluntária há 22 anos, tendo acompanhado sempre de perto a evolução da AMI. Juntamente com Ema Almeida, também voluntária, deslocou-se até à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, para representar a associação, e explicar e esclarecer toda a história da AMI desde a sua fundação.
Acção Internacional, Acção Nacional em favor dos excluídos sociais, e Acção de Alertar Consciências, para que a população tenha uma intervenção activa na ajuda dos mais necessitados, são os três pilares sobre os quais a AMI, fundada em Lisboa a 5 de Dezembro de 1984, intervém. Contudo, recentemente surgiu uma preocupação acrescida pelo Ambiente, despoletando acções como recolha de materiais em desuso e plantação de árvores, um dos métodos mais fáceis e eficazes de lutar contra o aquecimento global pois obriga-nos a produzir mais limpo, reduzir o consumo e a contaminação, e compensar a natureza.
Enquanto explicava, Maria Bilro mostrava slides das actuações da AMI nos locais mais carenciados do Mundo, como é o caso da Guiné, do Afeganistão, do Sri Lanka, Senegal, Líbano, China, etc., cada um com dificuldades e carências muito particulares.
“Muito mais haveria para dizer, mas vou deixar-vos na expectativa até à vinda do Dr. Fernando Nobre em Fevereiro próximo. Enquanto falo em aspectos práticos, ele falará nos filosóficos”.
Fernando Nobre é o rosto da AMI, organização que fundou e preside até hoje. Em Fevereiro marcará presença na Faculdade de Medicina da UBI para o lançamento do seu novo livro “Gritos contra a Indiferença”, que reúne artigos e textos de conferências dadas ao longo dos últimos dez anos em seminários, escolas, institutos, fundações e universidades.
Antes de partirem, as duas voluntárias defenderam que “hoje em dia os universitários têm um grande peso na sociedade, e, por isso, deveriam utilizar essa influência para determinadas acções humanitárias”. Ambas apreciaram a cidade da Covilhã, apesar de “existirem muitos terrenos vazios, sem qualquer tipo de árvore. Fazer uma reflorestação com a participação de todos seria muito interessante”, terminam.
Daniela Franco, aluna de Medicina da faculdade e coordenadora do Departamento de Solidariedade foi a principal mentora desta sessão. “Faço um balanço bastante positivo do encontro, pois, apesar de ter vindo pouca gente, os que estiveram mostraram-se muito interessados, e o importante mesmo é saírem com vontade de espalhar a mensagem.”
O Departamento de Solidariedade Social do MedUBI, constituído por estudantes de Medicina, tem como actividades recolher roupas e brinquedos, realiza voluntariado em infantários e lares de idosos, promove acções de integração e cooperação social, e de divulgação de causas (AMI, Ser Humano e Bússola). No próximo ano, pretendem fazer voluntariado nos hospitais, colaborando com a Cruz Vermelha, Banco Alimentar, e com a Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
A próxima iniciativa decorre nos dias 1 e 2 de Dezembro com uma campanha de Natal de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, a realizar no Hipermercado Continente.
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