Voltar à Página da edicao n. 409 de 2007-11-27
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 
Segundo a delegação regional do SEF, os números das infracções baixaram

Menos estrangeiros ilegais no distrito

A delegação de Castelo Branco do SEF vê baixar o número de infracções nos últimos quatro anos.

> Eduardo Alves

O número de infracções detectadas pela delegação de Castelo Branco do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desceu nos últimos quatro anos, revelou esta semana o delegado regional da instituição, António Afonso. Segundo os dados revelados, em 2003 foram registadas 282 infracções, enquanto em 2006 (últimos dados disponíveis) o número desceu para 241. O melhor ano, porém, foi 2005, com apenas 196 casos irregulares. Em qualquer dos anos, a maioria das infracções detectadas diz respeito a permanência ilegal em Portugal.
"A permanência ilegal e pessoas que utilizam documentos falsos são essencialmente os casos irregulares que enfrentamos", diz o responsável, destacando, a propósito, os inquéritos em curso a casas de diversão nocturna. "Tivemos uma intervenção nessa área e algumas das casas foram encerradas ao longo dos últimos tempos na Covilhã e Fundão", diz.
No último ano, a delegação de Castelo Branco identificou 268 imigrantes, 67 dos quais em situação ilegal no país. A nacionalidade brasileira foi a que registou maior percentagem de ilegais (58 por cento).
Os números foram revelados à Agência Lusa à margem de uma visita organizada pelo Governo Civil de Castelo Branco às novas instalações que o SEF ocupa na capital de distrito desde Maio e que substituem um apartamento em avançado estado de degradação. "Cheguei a ter vergonha de representar o SEF aqui no distrito, tal a degradação do edifício", diz António Afonso. "Chegámos a fazer atendimentos na via pública porque o espaço ficava num primeiro andar e não tinha acesso para deficientes", acrescenta.
O novo espaço, na Rua Professor Dr. Farias de Vasconcelos, alberga quatro funcionários e quatro inspectores, que trabalham em articulação com as forças de segurança. Os serviços adaptam-se ainda à nova lei da imigração, que António Afonso subscreve. "A agilização de vistos evita a imigração ilegal e isso é uma vantagem para todos", sublinha. "O factor regulador da entrada de imigrantes deve ser o mercado de trabalho. Todos os que se consigam integrar devem ver a situação reconhecida", acrescenta.
Segundo os dados agora revelados, residiam no distrito em Dezembro de 2006 (último levantamento realizado) um total de 2.581 imigrantes, sendo os ucranianos o grupo mais numeroso, com 629 pessoas. A delegação de Castelo Branco concedeu ou renovou 841 autorizações de residência a imigrantes entre Janeiro e Outubro deste ano. O número é o mesmo que em igual período de 2006.


Segundo a delegação regional do SEF, os números das infracções baixaram
Segundo a delegação regional do SEF, os números das infracções baixaram


Data de publicação: 2007-11-27 00:00:00
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior