Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 408 de 2007-11-20 |
Esgotos continuam a correr a céu aberto na Torre
Ambientalistas denunciam situação que ocorre na Torre há mais de um ano. Situação deve-se à instalação de um cabo eléctrico para fazer funcionar a ETAR.
> Notícias da CovilhãOs esgotos que há um ano estavam a correr a céu aberto, na zona da Torre, continuam na mesma situação. O cenário foi denunciado em Janeiro, por ambientalistas, que agora voltaram ao local e constataram que o assunto não foi resolvido.
Na altura, o director do Parque Natural da Serra da Estrela, Fernando Matos, dizia que a causa tinha sido o mau tempo registado em Novembro do ano passado, nomeadamente o vento, que tinha derrubado um poste de iluminação e de telemóveis, caído em cima dos tubo e os tinha rebentado. Ainda não havia solucionado a situação, explicava, devido às condições climatéricas.
Em declarações ao Diário das Beiras, Armando Carvalho, director de Áreas Protegidas do Centro e Alto Alentejo, responsável actualmente pelo Parque Natural da Serra da Estrela, diz que é um “problema que tem a ver com a instalação de um cabo eléctrico para accionar a bomba que faz funcionar a ETAR”.
A obra, apesar de garantir que tudo está contemplado no caderno de encargos, não foi ainda concluída por questões de “segurança”. O cabo tem de ser enterrado e tem de passar pelos túneis da Força Aérea que estão nos edifícios junto à Torre, sem pôr em causa a estrutura. E para isso é necessário seguir todo o processo burocrático e pedir as autorizações necessárias.
Esta salvaguarda de segurança “foi se calhar um erro de projecto, que quando foi feito, não atendeu aos condicionalismos de natureza legal e que faz com que se ande há alguns meses para resolver a situação”, justifica.
A Plataforma de Desenvolvimento Sustentado da Serra da Estrela, em comunicado, condena o que viu no local e todo o processo. E estranha, sobretudo porque “ a responsabilidade pelo financiamento e fiscalização das obras é da entidade Parque Natural Serra da Estrela”.
Este organismo “condena o desleixo por parte de entidades que deveriam ter como primado da função a qualidade ambiental, por deixar arrastar no tempo um problema que não deveria sequer ter surgido, pondo em causa a saúde pública e a qualidade ambiental de uma área extremamente sensível”.
O documento foi subscrito pela Associação Cultural Amigos Serra da Estrela, a Associação de Desportos Aventura Desnível, a Liga para a Protecção da Natureza, a Quercus, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e o Movimento Ecoprojecto.
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