Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 408 de 2007-11-20 |
Economia de fronteira
Durante dois dias a UBI foi palco do IX Seminário Luso-Espanhol de Economia Empresarial. Um evento que juntou docentes, investigadores e personalidades da Economia e Gestão, de ambos os lados da fronteira para debater os casos positivos das parcerias entre Portugal e Espanha.
> Eduardo AlvesMais uma vez, “a UBI serviu como motor da economia regional e como montra das potencialidades da Beira Interior”. Quem o diz é Mário Raposo, vice-reitor da instituição e principal responsável pela organização do IX Seminário Luso-Espanhol de Economia Empresarial.
O evento decorreu na Covilhã e juntou na “cidade neve” mais de uma centena de docentes, investigadores, empresários e alunos de diversas áreas. Esta edição, que contou com o apoio do Departamento de Gestão e Economia, serviu para colocar em debate os mais recentes avanços no que respeita às ligações empresariais entre Portugal e Espanha. Segundo Mário Raposo, os principais desenvolvimentos teóricos apresentados na Covilhã têm como principal perspectiva, “ajudar as empresas a melhorar a sua competitividade, os organismos públicos a saber de que forma as políticas públicas podem ser dirigidas para melhorar e incrementar o empreendedorismo entre a população e ao fim e ao cabo tudo isto contribui para o desenvolvimento e melhoria da economia nacional”.
O vice-reitor da instituição covilhanense sublinha “o passo positivo” que foi dado com a realização deste evento. Raposo lembra que “na região da Beira Interior, a UBI apareça como uma universidade onde se produz investigação de qualidade e excelência, “ facto, que segundo o mesmo leva os espanhóis a aceitarem “bastante bem este tipo de realizações e a comparecerem em massa, sinal que já demos mostras de qualidade”.
A dar mostras dessa mesma qualidade está o número de comunicações apresentadas. Segundo a organização, existiu “um grande cuidado com todas as comunicações”. As intervenções apresentadas no seminário “foram submetidas a um processo de dupla revisão, e em 100 comunicações apresentadas, foram seleccionadas 77”. Números que servem, segundo Mário raposo, para atestar “a evolução do nível científico do seminário, relativamente às edições dos anos anteriores”.
Num encontro onde o tema principal foi a inovação, “o ensino do empreendedorismo”, também não ficou esquecido. Para além destas duas áreas, as intervenções dos congressistas passaram por áreas como as finanças, o marketing e a economia nas empresas.
Este seminário surge no âmbito de uma parceria entre três universidades de fronteira, a Universidade da Beira Interior, a Universidade de Évora e a Universidade do Algarve e duas instituições espanholas, a Universidade da Extremadura e a Universidade de Huelva. O principal centro de ligação destas instituições é o Centro Ibérico de Estudos Empresariais. No próximo ano, o seminário será realizado em Huelva, altura em que o acordo entre as instituições actuais vai ser renovado. Uma data que pode marcar “a entrada de mais instituições”, diz Alfonso Vargas Sanchez. Este docente da Universidade de Huelva mostra-se confiante no objectivo de juntar em torno deste centro, “todas as universidades da raia fronteiriça de Portugal e Espanha”.
O docente que no próximo ano estará encarregue da realização do décimo seminário gostou do que viu na Covilhã. Vargas Sanchez diz que o evento realizado na “cidade neve”, “salda-se com um vasto leque de temas académicos, tratados com um actualidade relevante”.
No entender do docente espanhol, a mensagem deixada por esta edição do encontro de economia empresarial vai no sentido “de dizer às empresas de ambos os países, que o ambiente empresarial transfronteiriço está a ser desenvolvido com grande força, e que os vínculos empresariais estão a ser fortalecidos e estão a crescer dia-a-dia, o que é bom para a criação daquilo que pode ser denominado como um mercado ibérico”. Um mercado que Alfonso Sanchez considera ter agora “uma estrutura mais competitiva fruto da cooperação entre as organizações dos dois países”.
Para o próximo ano, a décima edição vai ter lugar na Universidade de Huelva e os organizadores garantem ter já algumas ideias para o evento. Nada que vá contra “a principal linha de acção” das jornadas, mas que junte “mais trabalhos que mostrem os vínculos empresariais entre os dois países”, termina Sanchez.
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