Voltar à Página da edicao n. 407 de 2007-11-13
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As obras da Igreja da Estação estão de novo paradas

Construção da Igreja da Estação novamente parada

As obras na Igreja da Estação estão novamente paradas. Por falta de verbas o estaleiro vai mesmo ser desmontado, devido aos custos incomportáveis necessários para manter as máquinas e equipamentos no local.

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Segundo Agostinho Rafael, pároco responsável, a Fábrica da Igreja tem uma dívida ao empreiteiro que ronda já metade do valor da obra. Uma situação a que se chegou por “não ter chegado ainda nenhum dinheiro das comparticipações garantidas”.
A obra, conta, “estava a andar a bom ritmo”. “Mas não temos capital nenhum”, lamenta Agostinho Rafael, que não sabe quando os trabalhos poderão ser retomados. Entretanto, chegou-se a um acordo com o construtor, Rui Ramos, para retirar o material que pelo facto de estar parado implica despesa para a empresa. “Se mantivéssemos o estaleiro parado tínhamos de pagar mais de dois mil euros por dia”, explica o padre que acompanha o processo.
A 20 de Outubro de 2004, no Dia da Cidade, o então ministro José Luís Arnaut, covilhanense com a tutela das Cidades e Ordenamento do Território, anunciou um apoio do Governo de 750 mil euros para a conclusão da igreja. Verba de que nunca se chegou a ter notícias.
Entretanto, foi apresentada uma candidatura à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que foi aprovada e cujo valor deve rondar os 40 por cento do custo da obra. Mas a resposta “apenas diz que foi aprovada, não fala em números nem diz quando vai ser transferido” o apoio.
Para evitar que as obras parassem a Fábrica da Igreja tentou obter empréstimo junto de dois bancos, que não foram autorizados. Embora decorram ainda negociações junto de outra instituição bancária, para tentar desbloquear a situação.
Para além disso, Agostinho Rafael diz, sem especificar, que se está a “tentar por outros caminhos”. Outras soluções poderiam passar pela “generosidade” dos fiéis ou por alguém que “se chegasse à frente” para emprestar dinheiro a título particular. Embora não haja indícios, para já, de que isso vá acontecer.
A Câmara da Covilhã comparticipou com 250 mil euros, verba aplicada na demolição da estrutura que já tinha sido edificada, com erros estruturais, e no novo projecto.
Depois de vários avanços e recuos, os trabalhos tinham sido reiniciados em Março deste ano. Na altura Agostinho Rafael esperava que não houvesse mais interrupções, para que este Natal já fosse celebrado no novo templo. No entanto, estava consciente das dificuldades e que o financiamento para a obra não estava assegurado na totalidade.
A construção da Igreja da Estação arrasta-se há alguns anos. Os trabalhos tiveram início, mas problemas estruturais pararam o seu andamento. Nomeadamente no que toca às características geológicas do solo. O projecto foi então reformulado e redimensionado. Em vez dos 750 lugares inicialmente previstos, a nova igreja prevê 350, uma sala multiusos, salas para catequese e salas de apoio.


As obras da Igreja da Estação estão de novo paradas
As obras da Igreja da Estação estão de novo paradas


Data de publicação: 2007-11-13 00:00:00
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