Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 405 de 2007-10-30 |
Curso de hebraico arranca já este mês
A Faculdade de Artes e Letras da UBI vai passar a contar com mais um curso de línguas pós-laboral. O curso de hebraico conta já com 17 inscrições e deverá iniciar ainda em Outubro.
> Helder Filipe PriorA informação foi avançada por António Fidalgo, que aponta o final do mês de Outubro como data previsível para o início do curso de Língua Hebraica. “A Faculdade de Artes e Letras tem feito os possíveis para abrir este curso, e embora tenhamos tido alguns percalços, estamos em condições de assegurar que o curso de hebraico vai começar o mais brevemente possível, com as 17 inscrições que já temos”, garante o presidente da Unidade de Artes e Letras da UBI.
A decisão de dar início aos trabalhos foi conhecida na última quinta-feira, aquando da organização das jornadas sobre “A tradição retórica na cultura judaica”, que trouxeram à UBI Cyril Aslanov, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém. Segundo António Fidalgo, estas conferências marcam o início do curso de Língua Hebraica, mas ao mesmo tempo pretendem assinalar a existência de uma cooperação cada vez mais estreita entre a UBI e a Universidade Hebraica de Jerusalém.
Refira-se que o curso de hebraico terá uma carga semanal de três horas, num total de 90, e decorrerá em horário pós-laboral. O custo ronda os 130 euros para pessoas ligadas à UBI, e 180 para os restantes interessados. “Este curso tem dois objectivos essenciais. Em primeiro lugar pretende ensinar e divulgar a língua hebraica, mas não se fica por aí, já que pretendemos dar uma mais valia aos alunos e divulgar a cultura e a tradição das famílias judaicas”, reitera Josué Milheiras, responsável pelo Laboratório de Línguas da UBI.
Quanto à conferência propriamente dita, Cyril Aslanov procurou demonstrar que existem apropriações de elementos retóricos por parte da Bíblia e da cultura judaica. O autor destacou alguns exemplos de procedimentos retóricos que acabam por ser camuflados pela dinâmica do texto bíblico. “Estes procedimentos inserem-se numa perspectiva de embelezamento e por vezes não notamos que o texto bíblico põe em acção relações de semelhança entre termos e elementos”, destaca o também director do Centro Internacional para o Ensino Universitário da Civilização Judaica. Desta forma, ficou demonstrado que mesmo na Bíblia é possível descortinar relações retóricas, sobretudo as que dizem respeito a questões estilísticas de embelezamento do texto.
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