Voltar à Página da edicao n. 405 de 2007-10-30
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
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O estúdio de rádio da UBI onde os alunos produzem os programas

As vozes da UBI

Integrados numa disciplina do mestrado em jornalismo na Universidade da Beira Interior, os alunos produzem um programa de rádio com notícias sobre a instituição, que é também transmitido numa estação regional.

> Eduardo Alves

César Ferreira domina os muitos botões da mesa de mistura que tem na sua frente, com notável destreza. Sinal de quem já está familiarizado com o equipamento composto por microfones, rodas, botões, escalas e toda uma série de aparelhos que permitem aos utilizadores realizarem uma emissão de rádio.
No piso inferior do Laboratório Multimédia da Universidade da Beira Interior, este aluno do mestrado em jornalismo dá apoio à sua colega Daniela Silva, destacada, esta semana, para a função de editora. Todas as semanas, mais de uma dezena de alunos produzem um programa de rádio com uma hora de duração que é transmitido no circuito interno da instituição e através da Rádio Universitária da Beira Interior (RUBI). Dão assim vida a um projecto único em toda a região da Beira Interior.
Para além desta hora noticiosa, que também é transmitida semanalmente na Rádio Cova da Beira (RCB), uma rádio local, os alunos da UBI dão vida a uma autêntica estação de rádio. Programa musicais, temáticas científicas ou mesmo horas desportivas e de debate preenchem a grelha de programação desta rádio. Assuntos ligados à universidade, à Covilhã, à região, cultura e desporto preenchem grande parte da hora de emissão noticiosa. Mas César Ferreira lembra o público e o local onde este noticiário é produzido e para quem é “por isso mesmo incluiu um leque alargado de outros assuntos”.Uma forma de “integrar o mundo do trabalho neste mestrado”, defende César Ferreira, que depois de terminar a sua licenciatura na instituição covilhanense optou por estagiar na Rádio Cova da Beira. O jovem, que actualmente é uma das vozes noticiosas desta rádio  sedeada no Fundão, não poupa elogios “à postura da universidade e também à aposta feita pelos docentes responsáveis em cadeiras quase integralmente práticas”. Para este recém-licenciado que agora frequenta um segundo ciclo de formação, a produção de um programa de rádio “com notícias, com conteúdos informativos, com horários, com espírito de uma redacção” é um bom caminho “para se aprender, de facto, a trabalhar”. Aprendizagem que “serve apenas de rampa de lançamento”, até porque, “é lá fora, nos meios de comunicação a sério, que aprendemos o que falta”.
Esta é uma visão que Daniela Silva também partilha e aprofunda. A jovem jornalista da Rádio Urbana, em Castelo Branco, faz questão de frisar “o que se aprende na UBI, em relação ao que não se aprende noutras universidades”. Isto porque, na óptica da aluna de mestrado, “para além da teoria que deve estar presente neste tipo de licenciaturas, há também esta preocupação, por parte dos docentes, em ministrarem aulas práticas”. Daniela Silva lembra que já na licenciatura trabalhou em rádio, na cadeira de jornalismo radiofónico e aquilo que aprendeu, “serviu muito bem para começar a trabalhar na estação onde actualmente me encontro”. Daí também a opção pelo segundo ciclo e por “esta especialização que estamos a ter no atelier de jornalismo radiofónico”.
Os alunos de mestrado em jornalismo que produzem o programa noticioso de uma hora são orientados pelo docente responsável por este atelier, e assumem os papéis de editores, jornalistas e animadores. O programa é transmitido semanalmente e está disponível no site da RUBI. Dentro de algum tempo, os responsáveis pelo atelier esperam ter também já a funcionar espaços com diversos conteúdos realizados por docentes e alunos de diversas licenciaturas da UBI.

> rfernandes @ sapo . pt em 2007-11-08 21:31:07
A RUBI merece todos os elogios que recebe, acima de tudo porque é graças a ela que os alunos que se formam em jornalismo na UBI acabam por estar mais preparados para o mundo do trabalho. Digo, com todas as certezas, que se destacam mais que outros jornalistas formados em universidades como a Católica, Nova ou até mesmo de Coimbra, instituições ditas de prestígio. Afinal é um atelier prático, de rádio, onde a verdadeira motivação do jornalista se revela. Por tudo isso, aqui vão os meus parabéns para a RUBI, mas também TUBI e Urbi. Coloco apenas uma questão: será esta notícia realmente "notícia"? Merecendo, inclusivé, lugar de destaque? é que ainda no ano lectivo anterior era conhecido um programa que passava na RCB da autoria dos alunos da UBI...


O estúdio de rádio da UBI onde os alunos produzem os programas
O estúdio de rádio da UBI onde os alunos produzem os programas


Data de publicação: 2007-10-30 00:00:00
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