Bolsa e Comissão de Valores reúnem na UBI

Foi com um painel de importantes figuras do sector financeiro que o Departamento de Gestão e Economia da UBI assinalou o arranque das actividades do ano lectivo de 2007/2008. O presidente da Bolsa de Lisboa, o presidente do BPI e o vice-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM) foram alguns dos presentes.

Dinheiro, economia, finanças e valores foram apenas alguns dos conceitos que preencheram o debate realizado na passada sexta-feira, 26 na UBI. O Departamento de Gestão e Economia (DGE) da UBI marcou o início das actividades do ano lectivo 2007/2008 com uma conferência sobre a globalização.
Uma actividade que reuniu na Covilhã alguns dos mais importantes membros da economia portuguesa, como Miguel Athayde Marques, presidente da Bolsa de Valores Portuguesa – Euronext Lisboa, Amadeu Ferreira, vice-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Francisco Garcia dos Santos, da direcção da Associação Portuguesa de Empresas de Investimento (APC) e Nuno Malheiro, director do BPI.
Durante mais de quatro horas, vários oradores falaram sobre o efeito da globalização no marcado de capitais e as consequências sobre o controlo de branqueamento de capitais. Uma temática que, segundos os convidados, tem vindo a ganhar importância em todos os sectores de negócio. Desde a banca, passando pelos seguros, bolsa de valores e empresários, a ideia de que a globalização e a abertura de fronteiras mudou, por completo, as transacções financeiras, é unânime.
Contudo, Ana Paula Matias, responsável pelo mestrado em Gestão e promotora do evento, destaca a importância de juntar na UBI “uma palestra de oradores deste nível”. A docente lembra que esta conferência foi realizada para assinalar “a abertura do ano lectivo do Departamento de Gestão e Economia, num espírito claramente virado para o público estudantil, mas também, não descuramos de maneira nenhuma a comunidade empresarial que envolve a universidade e que esteve bem representada. Com tudo isto, o balanço só pode ser positivo”.
Esta docente sublinha também o papel relevante que a instituição covilhanense tem tido, na ligação ao mundo empresarial. Para além de formação de recursos humanos, quer ao nível da licenciatura, quer agora também ao nível do segundo ciclo, “este tipo de conferências servem, numa outra perspectiva, para trazer também vários sectores à universidade”. Desta forma, a docente lembra que na acção da passada sexta-feira, foi possível reunir na UBI “um leque de conferencistas bastante alargado, com intervenções interessantes e diversificadas”. Sinal de que “a UBI é já uma universidade com dimensão e reputação para acções como estas, onde estão presentes oradores de marcada importância, dos mais diversos quadrantes”.
Miguel Athayde Marques, presidente da Bolsa de Valores Portuguesa (BVL) – Euronext Lisboa lembrou também que “é fantástico estar a falar de um tema que me apaixona para um público ávido de aprender”. Athayde Marques garante que “o futuro de Portugal está nestes jovens”. Quem o diz “é o professor universitário, ocupação que apesar da minha actividade profissional intensíssima, nunca abandonei, e o presidente da Bolsa de Valores Portuguesa”, remata. O responsável máximo pela BVL lembra também a importância deste tipo de actividades complementares, para a formação dos alunos. Nesta matéria, Miguel Athayde Marques sai em defesa das universidades e dos alunos portugueses. Na opinião do presidente da Bolsa de Valores de Lisboa “o ensino universitário português, em nada fica a dever ao que se lecciona nas universidades europeias e até norte-americanas. O nível da educação em Portugal, no superior, é assinalável”. Isso mesmo, “podem comprovar os alunos quando vão fazer o programa Erasmus, que depois de algum tempo numa universidade estrangeira acabam por conseguir alcançar boas notas. Isso mostra que temos critérios de trabalho e exigência que fazem com que as nossas licenciaturas, na generalidade, tenham uma boa qualidade”, acrescenta.
Quem também falou na importância da formação dos alunos e da ligação das instituições universitárias ao exterior foi Nuno Malheiro, director do BPI. Numa altura em que este banco lançou um desafio de fusão com uma outra entidade bancária, o BCP, Malheiro começou por dizer que veio à Covilhã para falar sobre formação e não sobre fusão.
O director do BPI lembrou às várias dezenas de estudantes que compunham preenchiam grande parte do anfiteatro 7.21 da UBI, onde se realizou este evento, que “uma formação alargada, em diversos domínios, é um ponto fundamental para o sucesso no mercado de trabalho”.
Malheiro lembra também o papel que as universidades do interior do País têm desempenhado, ao serem responsáveis “pelo desenvolvimento brutal destas regiões”. O director de um dos mais importantes bancos privados portugueses garante que “na instituição estamos sempre disponíveis para abraçar e apoiar este tipo de iniciativas e tudo o que esteja relacionado com formação”, um factor relevante para toda a instituição.