Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 403 de 2007-10-23 |
Responsável pela AGS diz ter comprado Águas da Covilhã
A confirmação da fase final da compra da Águas da Covilhã é feita por Pedro Falcão e Cunha, presidente da administração do consórcio AGS, um dos concorrentes à compra da empresa municipal, que falou ao jornal Água e Ambiente.
> Eduardo AlvesSegundo a edição de Outubro do jornal Água e Ambiente, a compra de 49 por cento do capital da empresa municipal Águas da Covilhã pode já estar para breve. Quem o diz é Pedro falcão e Cunha, presidente da administração do consórcio AGS, um dos cinco que concorrem ao negócio promovido pela Câmara Municipal da Covilhã.
Ouvido pela Água e Ambiente, Falcão e Cunha diz “a AGS é a empresa escolhida pela Águas da Covilhã para passar à fase final no âmbito do concurso que foi lançado pela empresa covilhanense e tem como objectivo a alienação de 49 por cento do seu capital”.
Segundo o presidente da administração deste consórcio, ligado ao grupo Somague, “está previsto quer o contracto seja assinado já em Novembro, de forma que a concessão se possa iniciar “logo em Janeiro”, garante a mesma fonte.
Recorde-se que desde cedo este concurso foi envolto em polémica e também em forte oposição por parte dos partidos políticos, à excepção do Partido Social Democrata, que lidera a autarquia serrana. Desde os votos contra de toda a oposição na Assembleia Municipal da Covilhã, passando pelo aparecimento de um movimento de cidadãos contra a venda dos 49 por cento do capital, abaixo-assinados com o mesmo objectivo, muitas têm sido as medidas para tentar travar este concurso.
De entre todas as medidas de “contenção” deste concurso, destaque para a posição assumida pelo Bloco de esquerda. Este partido político apresentou uma providência cautelar no tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, mas a mesma não foi aceite por “não ter legitimidade”, uma vez que era interposta por um membro da Assembleia Municipal da Covilhã.
Depois desta decisão, a representante do Bloco na assembleia, Ana Monteiro, interpôs nova providência cautelar, mas desta vez em nome individual. Sobre esta medida, aguarda-se ainda uma resposta do Tribunal de Castelo Branco.
A Câmara da Covilhã tinha anunciado, a meio de 2007, que iria divulgar o nome do consórcio, de entre os cinco que concorreram, para passar á fase final do negócio. Contudo, até agora essa decisão não foi tornada pública.
O presidente da Câmara da Covilhã, à margem das comemorações do dia da cidade acabou por responder às questões dos jornalistas, sobre a notícia avançada pelo jornal Água e Ambiente. O autarca não confirmou a alienação de 49 por cento do capital, “os responsáveis das empresas podem dizer o que lhes apetecer, simplesmente, a câmara da Covilhã ainda não decidiu sobre esse assunto”, rematou.
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