Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 402 de 2007-10-16 |
Autarca de Proença satisfeito com barragem no Alvito
O Governo anuncia a construção de uma barragem no Alvito, uma velha aspiração da câmara local. O autarca João Paulo Catarino disse que, para além da energia gerada, a infra-estrutura pode potenciar o turismo
> Notícias da CovilhãO presidente da autarquia de Proença-a-Nova aplaudiu na passada semana, a decisão do Governo de construir a barragem do Alvito, no rio Ocreza, afluente do Tejo, destacando o potencial turístico do empreendimento além da produção de energia.
"É uma velha aspiração finalmente concretizada. A grande mais-valia, além da produção de energia, tem a ver com as infra-estruturas turísticas que a barragem pode potenciar" disse à Lusa João Paulo Catarino.
A barragem do Alvito, no distrito de Castelo Branco, é uma das 10 cujas localizações que foram apresentadas pelo Ministro da Economia para cumprir o objectivo de aumentar a produção de electricidade em Portugal até 7.000 Megawatts [em 2020] e elevar o aproveitamento hidrológico para 70 por cento da capacidade do País.
O autarca de Proença-a-Nova considera ainda o investimento na barragem do Alvito como "estrategicamente muito importante para o concelho e concelhos vizinhos [Castelo Branco e Vila Velha de Ródão]", pelos "usos múltiplos" que permite.
"Para além da produção de energia, constitui uma reserva de água e um pólo de atracção para desportos náuticos. Um espelho de água hoje é visto de forma muito diferente do que há 20 ou 30 anos atrás", sustenta. E diz ainda que o investimento "importante para o Interior do País", representa "a aposta do Governo em potenciar zonas desfavorecidas".
Segundo o sumário executivo do plano nacional de barragens com elevado potencial hidroeléctrico, que vai estar em discussão pública durante um mês até Novembro, a barragem do Alvito representa um investimento de 67 milhões de euros para uma capacidade instalada de 48 megawatts (MW).
O Plano Hidrográfico da Bacia do Rio Tejo (PHBRT), datado de Setembro de 2000, sublinha que o aproveitamento do Alvito, no rio Ocreza, é objecto de estudos desde a década de 50, sendo considerado "um empreendimento de fins múltiplos com interesse estratégico na região".
Para além da valia energética, o PHBRT aponta ao empreendimento potencialidades diversas como a constituição de uma reserva estratégica de água "com total controlo nacional, podendo garantir caudais mínimos no Rio Tejo em situações de seca e quando as afluências de Espanha forem limitadas".
Controlo de cheias, eventual fomento piscícola e criação de áreas para desporto e lazer são outras das mais valias da barragem do Alvito focadas no plano hidrográfico da bacia do Tejo.
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