O mal casado

Ele há coisas do outro mundo. Eddie Cantrow, é o nome da personagem brilhantemente interpretada por (Ben Stiller) e que dá vida ao mais recente filme dos irmãos Farrelly.
Eddie é um quarentão, proprietário de uma loja de artigos desportivos, que passa a sua vida entre casa, bares com os amigos e pouco mais. Uma rotina que é “abruptamente” interrompida no dia em que aceita o convite para estar presente no casamento de uma antiga namorada sua.
Depois de uma noite entre bebidas e conversas, é acossado pelo seu pai, um octogenário libidinoso e pelo seu melhor amigo, Mac, casado e já “amestrado” pela sua esposa. Ambos convencem este solteirão que o mundo não passa de um grupo de pessoas juntas uma com as outras e que a solução para a vida de Eddie passa pelo casamento.
Este acaba por decidir que a primeira coisa a fazer é encontrar uma mulher para casar. E a procura não dura muito tempo. Ao andar nas ruas de São Francisco, Eddie consegue evitar aquilo que perecia um assalto a Lila, personagem interpretada por Malin Akerman.
Ao que parece, o amor é mesmo à primeira vista e o casal embarca num furacão de emoções que acaba no altar. Já de aliança no dedo, Eddie embarca com a sua esposa Lila para a sua lua-de-mel, naquilo que seria um resort de luxo no México. Mas ao chegar ao hotel de baixa qualidade, para além da desagradável surpresa do acolhimento, o recém-casado descobre que a sua esposa é tudo menos a doce Lila que conheceu nas ruas de São Francisco. Agora está casado com um “anjo” que usa vocabulário de camionista e tem um apetite insaciável por sexo ridiculamente atlético e tequilla. Para além do passado algo sórdido e pouco convincente. Mas agora já é tarde.
Todo o filme se mostra como um conjunto crescente e bem enquadrado de cenas cómicas, com um argumento convincente, ao contrário do que poderia parecer de início. E claro, com um desempenho brilhante de Bem Stiller, actor que conta já no seu currículo com filme como “Doidos por Mary”, “Um sogro do pior” e “Uma questão de …bolas”.