PS agita “águas” da Covilhã

A concelhia covilhanense do Partido Socialista (PS) acusa a actual maioria social-democrata que gere a câmara local de aumentar a tarifa da água de forma prepotente e irresponsável. Nas contas dos socialistas, este aumento de tarifário “vai pesar mais dez euros mensais ao munícipes”.

Vítor Pereira, presidente da concelhia covilhanense do PS e vereador na oposição da Câmara Municipal da Covilhã foi quem conduziu a conferência de imprensa que esta força política deu aos jornalistas, na tarde de ontem, segunda-feira, 24 de Setembro.
O tema principal deste encontro com os órgãos de Comunicação Social foi o aumento das tarifas da água decidido “pela maioria social-democrata que actualmente está na Câmara da Covilhã”. José Miguel Oliveira e Pina Simão, também do PS explicaram aos jornalistas as contas que os socialistas fizeram para verificar “que esta medida vai traduzir-se num aumento de dez euros mensais nas contas dos covilhanenses”.
Na perspectiva dos socialistas, este aumento da tarifa da água “não se traduz, nem é devido a um acréscimo da qualidade da água ou do serviço, mas serve sim para tentar equilibrar as contas da empresa municipal de águas, AdC”. Pina Simão adianta que as contas da AdC são conhecidas e que esta empresa municipal apresentou, em 2006, um resultado operacional “claramente negativo, na ordem dos 1.931.500 euros”. A este resultado acresce ainda, “um passivo financeiro na ordem dos dez milhões de euros”.
Questionados sobre o que deve ser feito, sobre uma possível alternativa para problema, os socialistas adiantam que a solução passa por “um equilíbrio financeiro das AdC”. Equilíbrio esse que para Vítor Pereira se consegue “à custa de uma gestão mais exigente e cuidada que elegesse como prioritárias a diminuição das perdas e desperdícios de água e a optimização dos factores e dos recursos”.
O vereador socialista garantiu também que “caso o PS estivesse à frente da autarquia, a venda da AdC nunca seria feita”. O presidente da concelhia covilhanense do PS diz que “a água é um bem precioso, com o qual não se deve brincar”. A deixa é aproveitada por Pina Simão que garante existirem outras formas de melhorar a situação, mas desta maneira “apenas se está a tornar mais apetecível a venda de uma empresa com 27 mil clientes”, garante o socialista.